A rica gastronomia paraense tem pratos e ingredientes típicos que chamam a atenção dos turistas de todo o mundo. Descubra os aromas, cores e sabores do Pará por meio de suas principais delícias:
Açaí – O fruto da palmeira do açaizeiro é o mais consumido pelos habitantes da região amazônica – em sucos, sorvetes e até acompanhando pratos. Os vendedores confessam que o cobiçado açaí com mel, granola e banana é feito sim, mas por causa dos turistas. “Bom é comer com peixe e farinha e não com essa mistura esquisita que o pessoal do Sul adora”, explica o simpático comerciante Raimundo Pereira.
Caruru – Outra das estrelas da gastronomia paraense. Leva camarões secos descascados e refogados com alho, cebola, cebolinha, pimenta do reino e azeite de dendê. Depois é engrossado com farinha seca coada e quiabo. Geralmente é acompanhado de guarnições de camarões e folhas de jambu.
Castanha-do-Pará – O nome não veio por acaso. O estado é o maior produtor e a população adora. É saborosa e nutritiva, consumida in natura ou em diversas receitas. Em mercados como Ver-o-Peso é vendida com qualidades e preços diversos. Mesmo a “Tipo Exportação” tem valores bem abaixo dos praticados na maioria dos estados brasileiros.
Cupuaçu – É uma das frutas mais consumidas e utilizada nos mais diversos e saborosos produtos, como sorvete, licores, geleias, balas, cremes e chocolates.
Farinha d’água – É bem mais hidratada que as farinhas secas que encontramos em todo o país, já que é feita da mandioca que fica de molho no rio. É ingrediente obrigatório nas mesas do estado. Do café da manhã até sobremesas do jantar.
Feijão-manteiguinha de Santarém – É pequenino, com menos que a metade do tamanho dos feijões usualmente consumidos nas outras regiões brasileiras. É bege e, claro, cultivado em Santarém, cidade na região Oeste do estado. Entender a origem do nome é fácil. Basta colocá-lo na boca depois de cozido: derrete como uma manteiguinha.
Filhote – O nome do peixe é esquisito, mas qualquer estranhamento é esquecido à primeira garfada. É o maior peixe de água doce do Brasil. Acredite, não é história de pescador, ele chega a pesar 300 quilos. Até os 60 quilos, o nome é filhote. Depois, passa a ser chamado de Piraíba. O sabor é incrível! É preparado das mais diversas formas, como em Moqueca, ao Tucupi ou mesmo assado na brasa.
Jambu – Junto com o tucupi forma a base da maioria dos saborosos pratos do Pará. Quando mastigadas, suas folhas deixam a boca e a língua dormentes. É ingrediente cada vez mais usado pelos chefs de cozinha.
Maniçoba – A explicação dos paraenses para o nome do prato é a seguinte: uma feijoada que não leva feijão! Para fazer a receita, as folhas de maniva – planta que produz a mandioca – são moídas e, a seguir, cozidas durante uma semana. Nos quatro primeiros dias acrescenta-se apenas água. Depois entram lombo defumado, paio, linguiça, orelha e rabo de porco, costela, bucho e charque.
Muruci – Também conhecida como Murici, mas ao contrário do treinador, famoso por seu temperamento, digamos…um tanto azedo, é uma fruta de doce sabor. A frutinha amarela é boa para sorvetes, doces e sucos.
Pato no Tucupi – É a iguaria mais pedida pelos turistas nos restaurantes de Belém. O pato assado é cortado em pedaços e fervido vagarosamente no tucupi até ficar macio. O tempero tem uma mistura das folhas de chicória – tempero verde, típico da região – com alho, alfavaca, pimenta cumari-do-pará e jambu. Imperdível.
Pirarucu – É o maioral entre os peixes com escamas no País. Chega a medir mais de 2,5 metros e a pesar 80 quilos. Tem diversas maneiras de preparo, como assado na chapa e servido com farinha d’água e salada de feijão-manteiguinha de Santarém. Salgado, muitas vezes substitui o bacalhau.
Tacacá – Servido fervente e em tigela (cuia), combina com sabor e harmonia perfeita goma de mandioca, tucupi, jambu e camarões secos, tudo misturado na hora. Embora não tenha álcool, muita gente garante ficar até um pouco “alta” após provar o prato.
Tucupi – Extraído da raiz da mandioca, é um molho amarelado que dá um sabor único aos pratos. É possível ver nos mais diversos mercados, geralmente em garrafas plásticas. Antes de ser consumido, deve ser cozido demoradamente, já que cru é venenoso.
É utilizado com abundância em muitos pratos da cozinha paraense. Tanto que uma expressão local diz: “até mesmo pedra fica bom com tucupi”.
Texto por: Airton Gontow
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