Fazer as pessoas, mesmo à distância, se sentirem como parte integrante do parque, com os objetivos alinhados à estratégia, foi a aposta do Snowland frente à pandemia do Coronavírus. Cartada que deu certo!
Na contramão das demissões que vem acontecendo em todo o País, o parque situado em Gramado (RS), adotou uma forma criativa de manter os 263 profissionais engajados, qualificados e conectados, mesmo em isolamento social.
A partir de ações ancoradas em três pilares: Treinamentos, Desafios e Produtividade, o setor de Desenvolvimento Humano – DH implantou soluções dinâmicas para aproximar e instigar as equipes, mantendo o foco e transformando o problema em oportunidade. “A ideia veio da urgência de criar em pouquíssimo tempo um planejamento, com data para começar, mas não para terminar”, conta o diretor executivo, Paulo Mentone, que completa: “A Educação Corporativa, que estava programada para ocorrer a longo do ano, chegou antes do previsto, mas vai se manter inclusive, após a pandemia”.
Para isso, foram mapeados cursos nacionais e internacionais online sobre temas relevantes e propostos para os funcionários como atividades de capacitação. “A participação não é obrigatória e, mesmo assim, estamos tendo um resultado significativo de adesão”, informa Mentone, que explica: “Cada certificado é válido como horas trabalhadas”.
Há mais de três anos atuando como promotora de vendas do Parque, Evanise Soares aproveitou a iniciativa para realizar 11 cursos que considerou importantes para o cargo que ocupa, como o “Relacionamento Interpessoal no ambiente de trabalho”, promovido pelo Sesi. “Os conteúdos disponibilizados estão sendo muito relevantes para o meu aprendizado e reciclagem. Trabalho na loja Snowland do aeroporto de Porto Alegre e, no dia a dia, atendo e convivo com pessoas de diferentes perfis e lugares. Aprimorar a forma de lidar com cada uma delas será uma valiosa ferramenta que usarei para alcançar sucesso nas vendas”, avalia ela, que complementa: “O cuidado que o DH teve, informando e orientando, fez com que eu não me sentisse perdida. Me deu segurança”.
Mesmo sendo com participação voluntária, o atendente da estação de esqui, Alberto Correa, que está em suspensão de contrato de trabalho desde a segunda quinzena de abril, conforme a MP 936, já realizou 18 cursos, e promete não parar. Entre as qualificações realizadas está o “Postura e Imagem Profissional”, promovido pela Fundação Bradesco. “Tenho aproveitado muito os treinamentos disponibilizados, pois acredito que servirão como importantes ferramentas quando o Snowland reabrir”, destaca ele, que atua há 3,5 anos na empresa.
A supervisora de receitas internas Ana Kioquetta entrou de cabeça nos treinamentos. A profissional realizou 24 cursos, dentre os quais estão “Importância do Feedback” e “Gerenciamento com Excelência”, respectivamente do Sesi e Sest Senat. “Mesmo à distância por causa do isolamento social, me sinto extremamente conectada com o Parque. Isso me dá ânimo para focar nos estudos e aprimorar a gestão das minhas equipes, atuando com resultados de alta performance em vendas e atendimento”, considera ela, que há 6,5 anos faz parte do quadro funcional.
De acordo com Mentone, a ideia principal é manter a produtividade e o engajamento, preservando os empregos e auxiliando na qualidade de vida dos profissionais Snowland, além de incentivar a qualificação individual que, na reabertura do Parque, fará diferença no trabalho coletivo. “Todos nós estamos nos adaptado a uma realidade completamente diferente da que vivíamos. Utilizar este tempo ocioso para adquirir conhecimento de qualidade vai fazer a diferença no movimento de retomada”, avalia.
Desde o fechamento do Snowland em 20 de março, os funcionários já entregaram, aproximadamente, 500 certificados, ultrapassando 5 mil horas de treinamentos. Também foi criado um planejamento de comunicação interna, trazendo desafios, sessões de cinema online, vídeos dos gestores e reforço das orientações de cuidados contra o vírus, sempre utilizando uma linguagem leve e divertida como ferramenta. “Seguimos com o nosso objetivo de preservar o emprego de todos, mantendo-os integrados e motivados. Estamos conseguindo fazer da crise, um momento de reinvenção. ”, diz Mentone.
Para o executivo, a preocupação em manter uma conexão social com os colaboradores, reforçando o propósito de que são uma família, foi essencial. “Mantivemos uma ligação efetiva, com divulgação de vídeos do nosso Yeti e, principalmente, dando suporte aos que apresentam risco maior de vulnerabilidade. Fizemos questão de manter a ação de Páscoa, levando chocolates para cada um deles, em suas casas. Acreditamos que, no final disso tudo, teremos profissionais mais preparados, fortes, unidos e felizes para atender os clientes”, finaliza Mentone.
Texto por: Agência com edição Eliria Buso
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