Neste 17 de agosto, data em que comemoramos o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, vale lembrar que história e cultura são riquezas inestimáveis de um povo e dizem muito sobre como uma dada população lida e aprende com sua própria trajetória e costumes. Neste quesito, podemos dizer que Pirenópolis está muito bem servida com a preservação de patrimônios que resgatam a história da cidade desde o período colonial.
Atualmente, o município goiano conta com quatro bens tombados, sendo três materiais e um imaterial, constituindo um dos mais significativos patrimônios históricos de Goiás e que atraem cerca de 300 mil turistas por ano, segundo dados da secretaria de Turismo de Pirenópolis. Confira mais detalhes dessas riquezas históricas e culturais.
Centro Histórico de Pirenópolis
O Centro Histórico de Pirenópolis, com todo seu conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em janeiro de 1990. Na área, que remete ao estilo colonial do século XVIII, destacam-se as construções do Theatro Sebastião Pompeu de Pina (construído em 1889), a Igreja de Nossa Senhora do Monte do Carmo, que abriga o museu de Artes Sacra e foi construída em 1750; a Igreja do Nosso Senhor do Bonfim (edificada entre 1750 e 1754) e o Divino Lounge Café, que integra o conjunto paisagístico do largo do Bonfim, composto pela Igreja do Bonfim construído na década de 1980 e reinaugurado em agosto de 2017.
Igreja Matriz
Outra edificação localizada no Centro Histórico de Pirenópolis, mas que foi registrada no livro do tombo histórico ainda em julho de 1941, é a tradicional Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. Construída no século XVIII, é considerada a mais tradicional igreja católica de Goiás. O patrimônio nacional ardeu em chamas em setembro de 2002, apenas três anos após ser reformado. A reconstrução da Igreja iniciou em 2003 e somente foi entregue em março de 2006.
Fazenda Babilônia
Outro espaço tombado pelo Iphan em Pirenópolis é a Fazenda Babilônia, construída no século XIX. O reconhecimento como patrimônio histórico ocorreu em abril de 1965. O local mantém conservando o extenso casarão em estilo colonial e muros de pedras construídos pelos escravos. Feita com paredes de adobe pau a pique, telhas-coxa sustentadas por esteios e vigas de madeira, a edificação bicentenária é uma das paradas obrigatórias para aqueles que visitam Pirenópolis. De acordo com a proprietária da fazenda, Telma Machado, o patrimônio nacional recebeu cerca de 10 mil visitantes em 2018.
Festa do Divino Espírito Santo
Inscrita no Livro de Registros das Celebrações em 2010, a Festa do Divino Espírito Santo é o único bem imaterial registrado de Pirenópolis. Trata-se de um festejo de origem portuguesa celebrado com folias e várias outras manifestações culturais e folclóricas. Durante os anos, a festa ainda viu outros ritos e representações serem incorporados, como as tradicionais Cavalhadas e a figura dos Mascarados. Celebrada desde 1819, é uma das maiores manifestações de devoção ao Divino Espírito Santo do Brasil e atrai turistas do Brasil e exterior, 50 dias depois da Páscoa.
Outras riquezas
Além de todas essas riquezas históricas e culturais já reconhecidas, Pirenópolis ainda tem mais patrimônios que buscam ser tombados pelo Iphan. São os casos da Casa do Dr. José Feliciano (edificação), localizada na Praça Matriz, e a Serra dos Pireneus (patrimônio natural), ambos em processo de instrução, ou seja, processo de registro que requer, entre outros fatores, pesquisa documental e de campo, mobilização e consenso social sobre motivações e propósitos para o tombamento de um determinado bem.
Texto por: Agência com edição Eliria Buso
Foto destaque por Augusto Miranda/MTur