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Dez destinos baratos para curtir o inverno no Brasil

11 de junho de 2019

Até meados de setembro, apesar de alguns dias mais quentes – e das exceções do Rio de Janeiro –, o Sudeste e o Sul deverão conviver com temperaturas mais baixas. No dia 21 de junho começa o inverno brasileiro, estação famosa pelos dias gelados e, em determinadas cidades do país, com marcas que beiram o zero grau.

Em São Paulo, essa foi a temperatura registrada na Capela do Socorro, bairro da zona sul da capital, em 2018, e é comum os termômetros marcarem alguns graus negativos em várias cidades de Santa Catarina e Paraná.

Não tão acostumados ao frio, os brasileiros aproveitam esse período do ano para visitar destinos em que o inverno é um atrativo. Os paulistanos, por exemplo, costumam lotar as ruas e os restaurantes de Campos do Jordão e São Francisco Xavier, além de outros menos explorados, como Paranapiacaba, Americana e Holambra, todos no interior paulista.

Há ainda municípios mineiros (Poços de Caldas, Pouso Alegre, Monte Verde), fluminenses (Petrópolis) e paranaenses (Curitiba, Morretes, Paranaguá) na lista de lugares para passar alguns dias de frio.

A seguir, Qual Viagem elaborou uma lista de dez lugares para conhecer e aproveitar as baixas temperaturas:

São Francisco Xavier – São Paulo

Foto por Adenir de Britto (PMSJC)

Foto por Adenir de Britto (PMSJC)

Localizada na região mais alta da Serra da Mantiqueira, São Francisco Xavier (60 km de São José dos Campos e 150 km de São Paulo) é uma cidade famosa pelo seu romantismo. Aos casais que gostam de comidas típicas, bebidas e um clima intimista à noite, essa é a melhor dica para o Dia dos Namorados, por exemplo.

A praça da Igreja de São Francisco, no centro do município, costuma ser o ponto mais badalado após o pôr do sol: há música ao vivo e restaurantes com cartas de bons vinhos, assim como a Rua XV de Novembro e o Largo São Sebastião, onde estão alguns dos principais lugares para comer. Outra vantagem dos estabelecimentos é que quase todos aceitam a presença de cães e gatos – os chamados pet friendly.

Apesar dos atrativos noturnos, São Francisco Xavier também tem cachoeiras, trilhas e mirantes, além do comércio de frutas e legumes diretamente dos sítios dos agricultores que rodeiam a cidade. Algumas pousadas ficam localizadas exatamente ao pé das montanhas, o que aumenta o frio e, assim, a “necessidade” de ficar juntinho.

Curitiba – Paraná

Foto via iStock por Ziviani

Foto via iStock por Ziviani

Famosa por seu planejamento urbano, pelos extensos e variados parques e também pelo frio (a temperatura média entre julho e agosto é de 11°C), a capital paranaense é um dos destinos ideais para paulistas que querem sair por alguns dias da rotina. Os atrativos da capital vão de tomar um chocolate quente na Rua 24 Horas até ver o fim da tarde no Jardim Botânico. Além disso, a cidade é famosa pela excelência de sua rede hoteleira: quase todos os hotéis são bem avaliados pelo conforto (colchão, banho quente, etc.) e pelos serviços.

Apesar do frio, Curitiba também atrai turistas por ser uma cidade florida — mesmo fora da primavera: a administração municipal pretende se colocar no cenário nacional como o destino das flores, e destinos como a Rua das Flores e a Ópera de Arame, teatro que em breve vai ganhar o primeiro teleférico da cidade, também são enfeitados com orquídeas, rosas e tulipas durante todo o ano. A produção fica a cargo do Horto Municipal, que produz e distribui 150 mil hastes para diversos espaços abertos e para as floriculturas de Curitiba.

Morretes – Paraná

Foto por Guilherme Portela

Foto por Guilherme Portela

Localizada na Serra do Mar entre Curitiba e Paranaguá, no Paraná, a pequena cidade de Morretes é famosa por seu prato típico: o barreado. Originalmente uma iguaria portuguesa, a receita foi modificada ao longo da história por italianos e por índios da região. Hoje, a cidade vive em torno do preparo do prato.

Por sua posição geográfica, Morretes é tão ou mais fria que Curitiba, uma das capitais mais frias do Brasil. O clima não passa dos 21°C, mas há registros de dias com até 8°C. O caminho é geralmente feito a partir da capital paranaense, onde há duas formas interessantes de chegar: por trem – uma viagem de cinco horas – ou por carro, pela Estrada da Graciosa, uma das mais bonitas do país.

Além do barreado e do charme da estação de trem e da estrada, Morretes é também um destino histórico: fundada em 1721, ela só se tornou cidade em 1841, quando já era rota dos aventureiros paulistas em busca de ouro, o que fez com que progredisse economicamente e abrigasse a construção de grandes casarões, até hoje intactos.

Londrina – Paraná

Foto por IStock/ FLAVIOCONCEICAOFOTOS

Foto por IStock/ FLAVIOCONCEICAOFOTOS

Já no Norte do Paraná, a cidade de Londrina é uma opção turística por ser o ponto de partida para a extensa rota do café – e não à toa, é um dos locais ideais para quem gosta de degustar a bebida quente. Em todos os lugares, existem cafeterias temáticas que oferecem diferentes texturas, gostos e temperaturas de café. Ao redor de Londrina, algumas fazendas também se dedicam a oferecer a mesma rota.

Para quem quiser se aventurar ainda mais no frio e nas estradas paranaenses, há a opção de Faxinal, uma pequena cidade há uma hora de carro de Londrina. Lá, a atração principal é a natureza, que oferece cachoeiras, quedas d’água e trilhas em meio a chalés e pousadas. O clima interiorano também favorece uma viagem feita a dois.

Joinville – Santa Catarina

Foto por Beto Westpha Santur

Foto por Beto Westpha Santur

Maior cidade catarinense – inclusive, superior à capital, Florianópolis –, Joinville oferece, além do clima frio, uma aura europeia. Como foi destino de muitos imigrantes alemães no início do século XX, muitas construções e até mesmo a cultura local foram influenciadas pelo ponto de vista germânico. Suíços e noruegueses já tinham se estabelecido na região no século anterior.

Apesar da inclinação alemã, Joinville também é conhecida como “Manchester brasileira” por causa das suas variadas indústrias e por seu clima predominantemente chuvoso. Em alguns períodos do ano, acontecem geadas e até neve já foi registrada na cidade.

Por ser uma região também cercada de propriedades rurais, alguns passeios incluem andar de cavalo, enquanto outros, mais urbanos, dão preponderância aos cafés, bares e restaurantes do município, que também tem uma vida noturna mais agitada. Ideal para casais sozinhos que desejam sair da rotina de São Paulo.

Petrópolis – Rio de Janeiro

Foto por iStock / dabldy

Foto por iStock / dabldy

Sede do palácio imperial brasileiro durante o período de D. Pedro II, a cidade localizada na Serra Fluminense (70 km da capital) é repleta de reconhecimentos distintos: é a sexta cidade mais segura do país, a mais populosa da região serrana e possui o maior IDH do Rio. Por tudo isso, foi morada de presidentes brasileiros desde Prudente de Morais até Getúlio Vargas, quando a capital nacional ainda era o Rio de Janeiro.

Hoje, Petrópolis atrai turistas não apenas pelas construções imperiais, mas também pelo clima frio: em junho, a temperatura mínima é de 9°C e a máxima não passa dos 23°, com uma sensação diminuída pelo chuvisco constante.

Foi justamente a temperatura que atraiu a família imperial brasileira para a região – era semelhante à da Europa. Fundada pelo imperador D. Pedro I em 1847, que construiu um palácio na região para fugir do calor da capital e se lembrar do clima europeu, é hoje um dos refúgios dos poucos cariocas que não gostam do calor da Cidade Maravilhosa.

Durante o inverno são organizados alguns eventos na cidade, como o Bauernfest, de origem alemã. As visitações mais buscadas, no entanto, são o Museu Imperial, o Palácio Quitandinha e o Teatro D. Pedro.

Rio de Janeiro – Rio de Janeiro

Foto via iStock/ GeraldoCostafotografias

Foto via iStock/ GeraldoCostafotografias

O Rio é historicamente uma cidade conhecida pelo calor intenso: o famoso sol de 40°C, mas há opções para passar o frio na cidade — que não é tão intenso quanto nos outros lugares: outrora um dos principais destinos da noite carioca, o Beco das Garrafas, apelido dado pelo escritor e jornalista Sérgio Porto por causa das garrafadas que os músicos e clientes supostamente precisavam evitar dos moradores dos prédios de Copacabana por causa do barulho, hoje é quase esquecido dos roteiros principais do Rio de Janeiro.

Nos anos 1960, foram nas casas de show do Beco das Garrafas, a Bottle’s e Little Club, além da Bacarat e Ma Griffe, que diversos nomes da música brasileira começaram suas carreiras, como Ronaldo Bôscoli, Elis Regina, Baden Powell, Wilson Simonal, Sergio Mendes e Wilson das Neves.

Antiga residência do barão do Barão de Nova Friburgo, Antônio Clemente Pinto, e sede do governo brasileiro entre 1896 e 1960, o Palácio do Catete, no centro do Rio, é outra atração turística para além do calor: possui hoje um dos principais arquivos da história do país, tanto em objetos como em importância histórica, no Museu da República. Voltado para o período republicano do Brasil, o prédio possui presentes recebidos pelos ex-presidentes, fotos, pinturas a óleo, móveis, atas de reuniões, esculturas, objetos pessoais e roupas, além das salas dos ministros, do gabinete presidencial, das salas de encontros e dos aposentos pessoais.

A maior atração, por incrível que pareça, é o quarto no último andar do palácio, onde os presidentes dormiam, mas que entrou para a história por ser o lugar em que Getúlio Vargas cometeu suicídio, em 1954. A cena é retratada no filme Getúlio, do diretor João Jardim e estrelado por Tony Ramos, que foi filmado exatamente no mesmo lugar. O visitante hoje tem acesso às roupas de cama, ao pijama, à arma e à carta da fatídica noite em que ele morreu.

 Poços de Caldas – Minas Gerais

Foto por Sérgio Mourão/Acervo Setur-MG

Foto por Sérgio Mourão/Acervo Setur-MG

Com mínimas de 7°, a cidade encravada na Serra de São Domingos, em Minas, é mais frequentada por paulistas e fluminenses não apenas pela proximidade – há diversas promoções de passagens aéreas –, mas também pelos atrativos que oferece. “É uma cidade preparada para receber as pessoas que querem aproveitar o frio”, conta a artista plástica Katia Souza, de São Paulo.

Poços possui uma ampla rede de cafés e restaurantes para se esquentar, além de atrações mais românticas, como a Fonte Luminosa, a Fonte dos Desejos e a Fonte dos Amores. Nos últimos anos, a cidade se destacou também por ser rota de eventos literários e musicais. É um destino interessante para quem não pode ir às cidades históricas mineiras, mas não quer deixar de aproveitar o inverno viajando.

Brumadinho – Minas Gerais

Foto via iStock por diegograndi

Foto via iStock por diegograndi

Brumadinho apareceu na imprensa nos últimos meses por causa da queda de uma barragem de rejeitos da Vale, companhia mineradora que atua em quase todo o estado. Até hoje a cidade procura se recuperar do desastre, e conta muito com o Inhotim para conseguir atrair turistas novamente durante o inverno.

Inhotim se tornou famoso nos últimos pelo parque que se confunde com um grandioso (nas várias dimensões da palavra) museu de arte contemporânea: são 20 galerias com obras de 85 artistas diferentes e de 26 países. Segundo a própria instituição, é o maior centro a céu aberto de intervenção artística do mundo, com desenhos, fotos, vídeos, instalações, experiências, esculturas, quadros etc. Para se ter uma ideia, o parque aluga carrinhos de golfe para os grupos rodarem algumas partes do parque. Para além das obras, que se renovam constantemente, há espécies variadas de animais por toda parte.

Ouro Preto – Minas Gerais

Foto via iStock/ nok6716

Foto via iStock/ nok6716

Outra cidade que pede uma visita de pelo menos dois dias é Ouro Preto, no meio da Serra do Espinhaço. Dona de algumas das principais atrações turísticas do estado, a cidade foi palco de uma intensa caça ao ouro no século XVIII e guarda em suas ruas importantes registros da história do Brasil. Conhecer as igrejas de Ouro Preto é como visitar um museu ao ar livre.

O visitante presencia verdadeiras obras de arte e ícones arquitetônicos coloniais ao passear pelas suas ruas históricas. Não deixe de visitar o Museu Aleijadinho, dentro da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, onde estão expostas grandes obras da arte sacra brasileira. À noite, vale a pena visitar o centro histórico, onde se concentra a maioria dos bares e restaurantes da região para provar os refinados pratos de influência italiana. Ao redor da cidade, ainda é possível visitar Mariana e Congonhas (onde estão os “profetas” do artista).

Texto por: Agência com edição

Foto destaque via iStock por diegograndi

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