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Muito além da Torre Eiffel: sete coisas para conhecer em Paris

28 de fevereiro de 2019

Em Paris, estão a Torre Eiffel, a catedral de Notre Dame e o Museu do Louvre, mas diante de tantas opções excessivamente turísticas, há quem queira conhecer uma outra cidade: aquela que não aparece nos guias turísticos ou nos blogs de viagem.

De acordo com o departamento de turismo de Paris, ligado à prefeitura, a cidade-luz recebeu 23 milhões de turistas em 2017 — o número de 2018 ainda não foi calculado. Foi um crescimento de 11% em relação ao ano anterior e de 5% comparado a 2014, comemorado depois dos ataques terroristas que a capital francesa enfrentou no passado recente.

O Euromonitor, outra instituição que mensura os dados de circulação de pessoas pelo mundo, afirma que Paris foi a sétima cidade mais visitada do mundo em 2016. Na Europa, a capital francesa só ficou atrás de Londres (terceira posição geral), que teve 19,5 milhões de chegadas registradas — Paris recebeu 14,4 milhões.

Recentemente, o Google publicou um relatório afirmando que nenhum outro ponto de Paris é mais fotografado do que o Moulin Rouge, o cabaret no bairro de Montmartre que criou o “cancan” e ficou famoso mundialmente com o filme de mesmo nome lançado por Hollywood em 2001.

Os brasileiros estão entre os turistas mais presentes — companhias aéreas como a Azul e a Latam têm voos diretos da maioria das capitais em direção à Paris. De acordo com a France Internacional (RFI), 700 mil brasileiros entraram no território francês em 2017. Caroline Putnoki, diretora da Atout France, uma agência de turismo especializada no fluxo entre Brasil e França, diz que o país é o principal destino europeu dos brasileiros.

Mas se há várias cidades dentro de Paris, como conhecê-las? Na esteira de novos guias turísticos que tentam levar pessoas para outros cantos dos principais destinos mundiais, Qual Viagem fez uma lista com sete coisas para se fazer na capital francesa além do clássico trio museus/igrejas/Torre Eiffel.

Musée de Cluny

Foto por Istock/ u_t_a

Foto por Istock/ u_t_a

28 Rue du Sommerard

Metrô Cluny – La Sorbonne

O Musée de Cluny é obrigatório em Paris para os amantes do período medieval da história humana. Localizado no Quartier Latin em um casarão do século XIII, é um dos poucos e belos exemplares da arquitetura medieval da capital francesa. Em qualquer hora, é possível ver 2,3 mil pinturas cobrindo do período gaélico até o século XVI.

As coleções incluem esculturas românicas e góticas, assim como os vitrais da Saint Chapelle, na própria Paris. Custa €8 (R$ 34) para entrar e fecha às terças, mas também é gratuito no primeiro domingo de cada mês.

Ruínas romanas de Paris

Foto por IStock/ Jerome_Correia

Foto por IStock/ Jerome_Correia

Rue du Sommerard

Metrô Cluny – La Sorbonne

Parvis Notre-Dame – Pl. Jean-Paul II

Metrô Saint-Michel Notre-Dame ou Cité

A bela capital francesa é ainda hoje crivada com numerosos traços sobreviventes do passado romano: um coliseu, salões de banho e vários pedaços de paredes, pilares e pedras esculpidas se espalham pela cidade esperando por ser descobertas por um olhar mais atento.

Embora os salões de banho romanos em Cluny sejam, possivelmente, a arquitetura mais impressionante que restou de Roma em Paris, a cripta arqueológica próxima de Notre Dame revela o centro da antiga cidade romana de Lutetia, à direita da Île de la Cité.

Passeio Plantée e Viaduc des Arts

Foto por IStock/ LembiBuchanan

Foto por IStock/ LembiBuchanan

Rue de Charenton

Metrô Ledru-Rollin

Um grande e estreito conjunto de árvores e flores crescem onde antes era uma linha ferroviária elevada. O passeio, também conhecido pelos parisienses como La Coulée Verte, se estende da Bastille pela área ao redor da Gare de Lyon e de Bercy até uma das entradas de Bois de Vincennes.

Quando o turista termina de observar o jardim, ele desce ao nível da rua e pode caminhar pelo Viaduc des Arts, onde ateliês, workshops de arte, cafés e galerias fizeram residência nos arcos abaixo do jardim. A principal parte dos dois pode ser acessada pela Avenue Daumesnil, próximo a Bastille.

Maison Européenne de la Photographie

Foto reprodução europe-limousin.eu

Foto reprodução europe-limousin.eu

5/7 Rue de Fourcy

Metrô Pont Marie

Localizada em Marais, o museu fotográfico de Paris possui uma grande biblioteca de arte contemporânea feita a partir de fotos, além de um auditório, uma livraria e um café localizado dentro de um cofre do século XVIII.

As exibições incluem trabalhos do fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson e dos estadunidenses Andy Warhol e Annie Leibovitz. Fechado todas as segundas e terças, o museu também abre mais tarde do que os demais: às 11h. O ingresso para entrar custa R$ 38,30.

Musée du Quai Branly

Foto reprodução quaibranly.fr

Foto reprodução quaibranly.fr

37 Quai Branly

RER Pont de l’Alma

 O Quai Branly é um monumento à arte e cultura indígena localizado ao lado da Torre Eiffel. Ele possui trabalhos da África, da Ásia, das Américas e Oceania que, juntos, chegam a 450 mil peças. “É um deleite para antropólogos”, comenta Reinaldo Yamazuki, que trabalha em uma organização de direitos nativos em Genebra, na Suíça e é fã do museu parisiense.

Suas portas foram abertas em 2006 — é o mais novo dos grandes museus da cidade — em um prédio que tenta expressar o espírito de liberdade e abertura que ele exemplifica. Não há barreiras para entrar nem para expor obras ali. Mesmo os jardins do museu foram desenhados para serem a antítese dos tradicionais franceses: não têm gramado nem portão, mas parece uma selva que sobre até mesmo sobre a fachada. Os ingressos custam R$ 38, mas eles não são cobrados no primeiro domingo de cada mês.

Passagem de Louis Aragon

11, Boulevard Montmartre

Entre os metrôs Richelieu-Drouot e Grands Boulevards Ligando ruas distintas por dentro dos prédios, galerias de compras herdadas da Paris do século 19 nunca deixaram de fascinar escritores e poetas da cidade, incluindo um dos mais famosos deles: o parisiense Louis Aragon.

“Foi ele quem nos colocou na literatura”, disse o escritor francês Olivier Barbarant ao site La Croix. Grande conhecedor de Aragon e do seu trabalho, ele recordou que, em 1926, quando foi publicado o clássico O Camponês de Paris (Imago, 1996), o escritor dedicou um capítulo inteiro à descrição de uma das passagens da cidade: a da Ópera, cujo extinto café Certa era ponto de encontro com André Breton, Paul Éluard, Philippe Soupault, Francis Picabia e outros nomes do dadaísmo e do surrealismo.

A passagem da Ópera não existe mais: ela foi suprimida anos depois da publicação do livro, quando a prefeitura de Paris terminou de estender o Boulevard Haussmann — uma obra que aparece como denúncia no capítulo dedicado a ela. Porém, os leitores de Aragon podem conhecer outra galeria descrita por ele em seus livros: a Jouffroy, que aparece no primeiro romance do autor, Anicet ou Panorama (sem tradução para o português).

Dança de salão no Jardin Tino Rossi

Foto por Moonik [CC BY-SA 3.0 (https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0)]

Foto por Moonik [CC BY-SA 3.0 (https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0)]

2 Quai Saint-Bernard

Metrô Jussieu

 Nas noites quentes de verão, as docas ao longo da margem esquerda do Porto St. Bernard revive com pessoas caminhando, comendo ou dançando. Toda noite, a partir do primeiro dia de junho até o final de agosto, os dançarinos se encontram na beira do Sena perto ao Institut du Monde Arabe, no Jardin Tino Rossi, para apresentações de sala, tango, swing e valsa. Quem chegar, é claro, é prontamente convidado a entrar na roda.

Texto por: Agência com edição

Foto destaque por Istock/ anyaberkut

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