Considerado o mais importante sítio arqueológico de arte rupestre paleolítica ao ar livre, o Vale do Coa possui artes gravadas em pedras que datam de mais de 25 mil anos atrás, localizadas em mais de 70 pontos distintos.
O sítio é dividido em dois eixos fluviais, o do Rio Coa, com 30 km de extensão, e o do Rio Douro, com 15 km de extensão, que atravessam diversas aldeias históricas. São mais de mil rochas que guardam a expressão e arte de nossos antepassados, que fizeram gravuras e pinturas para contar um pouco do seu dia a dia.
É possível encontrar reproduções de cavalos, bois, cabras, auroques, veados e caçadores armados, que foram gravadas em superfícies verticais de xisto com técnicas diferentes. O Vale do Coa guarda também pinturas e gravuras do Neolítico e Calcolítico e gravuras da Idade do Ferro. Depois, ao longo dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX, serviu de suporte às manifestações dos moleiros, que foram os últimos a deixarem suas marcas e registros pelo Vale.
O parque foi criado em 1996 com a intensão de preservar e de criar um museu arqueológico naquela região. Devido a sua importância histórica, O complexo foi tombado como Patrimônio da Humanidade, em 1998, pela UNESCO e hoje é um dos pontos turísticos mais visitados de Portugal.
A visita ao Parque Arqueológico Vale do Coa pode ser feita com um guia pelos quatro pontos mais importantes do local, que passa por Penascosa, Canada do Inferno, Ribeira de Piscos e Fariseu.
O interior ancestral de Portugal
O Vale do Coa também é conhecido por sua Grande Rota, que passa através de vilarejos ancestrais, termas, museus e reservas naturais. O visitante pode se divertir de diversas formas: passear de caiaque ou canoa, desfrutar de onze praias fluviais – algumas possuem infraestrutura para piquenique e banheiro –, andar de cavalo ou de charrete, apreciar as termas do Cró e da Fonte Santa, se encantar pelos castelos medievais, descobrir o melhor da fauna e flora nas reservas naturais de Faia Brava e Serra da Macalta, ou conhecer os oito museus que ficam ao longo do caminho, nas cidades de Sabugal, Pinhel, Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa – onde a Grande Rota têm seu início ou fim.
Texto por: Carolina Berlato
Imagem Destacada via iStock/ FredoLealGuerrero