A Rota dos Tropeiros foi uma importante rota por onde circularam bravos homens levando riquezas e desenvolvimento pelo território do Paraná. Esse movimento durou por muito tempo, com início no século XVIII até os anos 30, quando a modernidade criou raízes e passou a impedir a continuidade da rota.
Na época, os tropeiros paravam para descansar a cada 45 km. Após uma longa jornada, as árvores e margens dos rios eram o lugar perfeito para a preparação de um acampamento. A preparação para transformar o lugar em um “camping” recebia a colaboração e ajuda de todos, inclusive as camas, que eram feitas com ramas de árvores.
Além de organizarem e montarem o acampamento para poderem descansar e recuperar as energias para o próximo dia, os tropeiros também cuidavam da comida, que era arroz, feijão e carne salgada desfiada, e todos se reuniam para comer e depois tomarem café.
Depois de muitos anos, a rota foi redescoberta, proporcionando conhecimento, cultura, história, aventuras e encantamento. A cultura do tropeirismo une muitas cidades e atrações na maioria delas.
A rota não é só um caminho, ela também é uma história viva e memória do povo brasileiro, representado pelo seu rico patrimônio. O retorno aos mesmos pontos de parada é o ponto principal para esses lugares turísticos, proporcionando uma experiência completa e recheada para os turistas e moradores. Os visitantes poderão se deslumbrar com os casarios antigos, acervo dos museus em toda a região, lembranças da antiga Colônia Cecília e a alimentação.
O roteiro inclui festas religiosas e populares, como a Festa de Nossa Senhora das Brotas – padroeira da Rota dos Tropeiros e celebrada em dezembro no Santuário de mesmo nome. Essas comemorações são uma forma interessante de conhecer a cultura deste povo, principalmente as que se destacam na cultura dos imigrantes europeus, como as festas da Uva e do Vinho, que revivem anualmente tradições italianas na cidade de Colombo.
No estado do Paraná, diversas cidades fazem parte da Rota dos Tropeiros, como Arapoti, Balsa Nova, Campo do Tenente, Campo Largo, Carambeí, Castro, Jaguaríaiva, Lapa, Palmeira, Porto Amazonas, Rio Negro, Sengés e Telêmaco Borba.
Texto por: Caroline de Oliveira
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