Sempre ouvi dizer que Roma é um museu a céu aberto e depois de passar quatro dias lá cheguei à conclusão de que essa é realmente a melhor definição para a capital da Itália.
Na minha lista de “lugares para visitar prioritariamente” preparada antes da viagem, depois de revirar o guia diversas vezes, estava o Panteão, uma construção de mais de dois mil anos, que atualmente abriga a igreja “Santa Maria dos Mártires” ou “Santa Maria Retonda”, como é popularmente conhecida devido ao nome da praça onde está localizada.
Pois bem, peguei o metrô, desci na estação Flaminio (custa € 1,50 o bilhete) e segui reto na Via del Corso, onde foi inevitável me distrair com as lojas, algumas populares e outras das famosas grifes europeias, cheias de peças glamurosíssimas.
Mas onde eu estava mesmo? Ah, sim, descendo a Via del Corso rumo ao Panteão. Não foi difícil encontrá-lo, havia muitas plaquinhas de sinalização para os pontos turísticos. Entrei em uma das ruas lotadas de restaurantes e quando dei por mim, lá estava ele na minha frente, imponente, se misturando aos transeuntes e entre as mesas com toalhas quadriculadas e os garçons oferecendo cardápios.
Aquilo me deixou emocionada, assim como as colunas do pórtico que medem quase 12 metros cada e o seu interior, iluminado naturalmente graças ao óculo, uma abertura central descoberta na abóbada da igreja.
Essa é simples explicação do porquê Roma é um Museu a céu aberto: as placas de sinalização te levam a obras históricas que estão ali impassíveis, enquanto a cidade acontece entorno delas. Com o objetivo de encontrar ou não esses monumentos históricos, eles estarão ali, como que te observando e te levando inadvertidamente às páginas dos livros de História.
Texto e fotos: Bruna Moraes, do blog Viajar Transforma