Os tesouros arqueológicos do Egito vão além dos complexos mais conhecidos como os de Luxor e Gizé. Seguindo no sentido sul pelo Rio Nilo, perto da fronteira com o Sudão, encontram-se os mais meridionais templos do Egito: o complexo de Abu Simbel. Trata-se de dois grandes templos, todos escavados em rocha de arenito, às margens do Lago Nasser (que é formado pelas águas represadas do Nilo).
Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, Abu Simbel impressiona por suas dimensões grandiosas e sua curiosa história recente. Devido à construção da barragem de Aswan (a cerca de 200 km de Abu Simbel), um grande vale em torno do Rio Nilo naquela região seria inundado e os templos corriam o risco de ficarem submersos. Assim, na década de 1960, com a ajuda da própria UNESCO, Abu Simbel foi salvo ao ser completamente deslocado de seu lugar original para outro ponto mais alto e não muito longe dali.
Mesmo assim, foi empreendido um grande e milionário esforço para desmontar os dois templos, peça por peça, e reconstrui-los depois. Construídos por ordem do faraó Ramsés II no século XIII a.C., esses templos estão entre os mais bem conservados do Egito. O maior deles, o Templo de Ramsés, tem uma fachada de mais de 30 metros de altura por quase 40 metros de comprimento, com quatro enormes estátuas do faraó.
Em seu interior, são revelados grandes salões e câmaras, todas decoradas com estátuas, pilares e inscrições nas rochas, em 55 metros de profundidade. Já o Templo de Nefertari, apesar de menor, também proporciona um visual impressionante. Foi construído em homenagem à esposa preferida de Ramsés, Nefertari. Passeios até Abu Simbel geralmente partem da cidade de Aswan.
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Texto por: Patrícia Chemin
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