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Capital da Tunísia mescla culturas e muita história na África

22 de janeiro de 2016

Túnis está localizada no noroeste da Tunísia. É  considerada como a mais bem conservada cidade árabe antiga, mas também passa por processo acelerado de expansão. A capital da Tunísia oferece como atrações principais  o Grande Templo e o Museu Bardo, que possui uma coleção de mosaicos , datada da época romana. Bab el Bahr (Porte de France) merece uma visita, uma vez que se tornou um símbolo da capital, ou seja, é porta que divide a parte oriental e europeia de cidade.

Foto via Flickr grolli77

Foto via Flickr grolli77

O país oferece uma mistura de culturas muito peculiar, o que o torna muito especial. Juventude e executivos se vestem mais de maneira ocidental, enquanto que mulheres mais idosas usam echarpes quando saem as ruas. O emaranhado de ruas da Medina, repletas de camelôs que vendem e trocam de tudo. Esse ambiente se apresenta nas ruas paralelas a Ville Nouvelle, ou no centro  na Avenida Habib Bourguiba, uma artéria larga, repleta de trânsito, cafés e centenas de lojas, que os habitantes locais adoram frequentar ao fim do dia.

Os mais interessantes pontos turísticos de Túnis estão localizados fora da cidade – o Museu Bardo e as misteriosas ruínas da antiga Cartago são os locais arqueológicos e artísticos mais fascinantes do país.

As ruínas de Cartago ficam perto da cidade e do Souq de Túnis. Na Antiguidade foi considerada uma potência, disputando com Roma o controle do mar Mediterrâneo. Dessa disputa originaram-se três guerras, das quais acabaram por destruir Cartago. Hoje é uma estação arqueológica e turística importante.

A mesquita central de Túnis, Zitouna, remonta ao Séc. IX, quando a cidade se tornou muçulmana. A maior parte da cidade foi erigida à volta dela. O templo recebeu esse nome devido ao seu fundador ter o hábito de reunir os estudantes do Corão nesse local, à sombra de uma oliveira.

A atual mesquita foi construída há cerca de 100 anos, pelo emir Aghlabide Abou Il Abbés Mohamed. Muito antes das atuais universidades se estabelecerem na Europa e no Norte de África, as mesquitas desempenhavam um papel importante na vida das cidades, não apenas como um templo de adoração, mas também como centro de ensino. A mesquita é aberta a não muçulmanos todos os dias, das 08.00 às 12.00 horas, exceto às sextas-feiras e feriados islâmicos.

Outro local imperdível é o Museu Bardo. O edifício onde está instalado foi o palácio de Husaynid Beys, governador tunisino. Reserve uma tarde inteira para visita-lo que vale a pena. O palácio e o seu interior são de tirar o fôlego!

Foto por Walid Mahfoudh via Wikipedia

Foto por Walid Mahfoudh via Wikipedia

Ocupando três andares do palácio, tem exposição de mosaicos e afrescos, retratando o exuberante estilo de vida da cidade ao longo das diversas épocas. A coleção de mosaicos romanos (considerada das melhores do Mundo) é o ponto alto da visita. Poderão ser apreciadas estátuas da época das guerras púnicas, descobertas em Cartago, Dougga, El Jem, Sousse ou Mahdia. O museu localiza-se junto à estação do metrô de Bardo

Mesmo antes da chegada dos franceses, a maioria dos edifícios desta zona tinha características arquitetônicas europeias. Aprecie a Mesquita Youssef Sahib at Taba’a, construída em 1812. A Catedral de Túnis ganhou o nome de Vincent de Paul, um santo católico que chegou à cidade como escravo e ajudou outros escravos cristãos depois de ganhar a alforria. A catedral foi construída em 1882 e é um dos mais impressionantes monumentos que ainda restam da era colonial. No seu interior situa-se o Túmulo do Soldado Desconhecido e o Museu Nacional de Arqueologia.

Compras

Os Souks de Túnis,  são  mercados árabes, tradicionalmente, do Séc. VII, o Souk ocupava uma pequena parte na zona velha da cidade, ou Medina.  O labirinto de ruas estreitas está coberto com todo o tipo de vestuário e artigos para o lar, assim como frutas frescas  e especiarias. Pode apreciar os sons e os cheiros  de um mercado árabe, enquanto barganha-se  os preços. Tudo o que se compra tem de ser barganhado, fazendo esta experiência parte da verdadeira Túnis. Os preços na maioria das vezes costumam ser inflacionados para os turistas , que acabam  pagando mais pelos artigos do que aquilo que eles valem.

Foto via Flickr Odan Jaeger

Foto via Flickr Odan Jaeger

Na Medina, há alguns mercados que são de visita obrigatória, como o Souk de la Laine, por exemplo, onde estão situados os tecelões.  Os visitantes podem apreciar o processo de produção e comprar algumas peças exclusivas. Já o Souk des Chechias é especializado na produção dos tradicionais chapéus de lã tunisinos.

Onde Ficar

L’Ambassadeurs Hotel – ambassadeurs-hotel.net

Hotel Majestic – majestichotel.tn

Hotel du Parc – hotelduparc.com.tn

Quem leva

royalairmaroc.com – Via Casablanca

airfrance.com – via Paris

Texto por: Cláudio Lacerda Oliva

Foto destaque via Istock/ WitR

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