Não mais o turismo convencional, da mera visitação; nem o turismo de descanso e lazer. A nova tendência do turismo mundial é a busca interior, algo semelhante ao filme “Comer, Rezar, Amar”, com Julia Roberts. O mercado turístico finalmente abriu-se para essa nova modalidade, que já é responsável por significativo número de clientes. E a Índia está no primeiro lugar dos destinos buscados.
Para Rebeca Angélica, CEO da empresa curitibana Govinda Turismo, uma das pioneiras no Brasil em montar roteiros voltados ao desenvolvimento interior, “o turismo espiritual não deve ser confundido com o turismo religioso, que é focado em uma crença apenas. O turismo espiritual é um roteiro que respeita a crença individual de cada um e abre para uma busca interior holística e eclética, mais voltada para o autoconhecimento do que para assumir uma fé específica”. Segundo ela, nesse âmbito é a Índia que vem recebendo o maior número de viajantes, em busca dessa espiritualidade sem fronteiras. “A Índia exerce um fascínio exponencial em diversas pessoas. Talvez porque ela seja a mais antiga civilização do mundo e, apesar do seu modernismo, preserva sua herança mística milenar. Lá, ao contrário de países como o Egito, a tradição espiritual milenar está viva”, completa.
Angélica conta que há mais de 10 anos mantém em sua empresa um roteiro especial voltado ao desenvolvimento interior, cuja busca surpreendeu desde o início. “Parece que a Índia chama as pessoas. É difícil explicar, mas quem visita o país, mesmo nada sabendo acerca dele, é tocado de alguma forma pelo comprometimento espiritual tão profundo dos hindus”, diz. “Nesse roteiro, que chamamos de ‘Índia Sagrada’, vamos ambientando os viajantes aos poucos à Índia, em uma experiência imersiva progressiva, mas que conserva todo o conforto das facilidades ocidentais”, diz.
Ela explica que o roteiro, que começa na moderna Nova Dehli, vai se tornando progressivamente místico. “Após Dehli visitamos o Taj Mahal a caráter, vestidos de hindus, o que confere um sabor especial para a experiência; de lá seguimos para a antiga cidade de Varanasi, a mais sagrada da Índia, onde visitamos templos milenares e assistimos belíssimos rituais; na sequência vamos para Vrindavan, a cidade de nascimento de Krishna. Toda a cidade é um grande templo. O próximo passo é andar de camelo no deserto de Tar, a antiga Rota da Seda, fechando o roteiro em Rishikeh, cidade considerada a capital mundial do Yoga e onde se encontram buscadores espirituais do mundo todo”, conta.
Angélica diz que, ainda na cidade de Rishikesh, esse roteiro é especialmente encerrado em um spa ayurvédico, no sopé do Himalaia, onde o grupo tem oportunidade de experimentar a antiga medicina hindu, com massagens, moxabustão e outras técnicas. “É uma forma de fechar com chave de ouro, com foco na saúde física e mental”, comenta.
Com seu marido, o indiano Mohan Verma, Angélica conta que o que mais lhes toca é observar a mudança de vida de inúmeras pessoas após o roteiro da Índia. “Já vimos empresários materialistas, pessoas ansiosas e até gente sofrendo de pânico e depressão, que nos relataram que suas vidas se alteraram para melhor depois de viajar conosco à Índia. E isso porque insistimos em não oferecer turismo convencional, mas mais uma experiência interior, até porque na Índia vamos encontrar praticamente todos os credos praticados e respeitados, bem como uma espiritualidade desligada de uma fé específica”, comenta.
Com grupos saindo anualmente para a Índia, Rebeca finaliza enfatizando que “a Índia é uma descoberta surpreendente para quem se dá a chance. E nosso trabalho é fazer que essa descoberta ocorra com conforto, segurança e com todas as possibilidades de bem-estar”.
Os próximos grupos saem agora em novembro de 2024 e em março de 2025, e ainda têm vagas.
Mais informações: govinda.com.br
Texto por: Agência com edição de Cláudia Costa
Foto destaque por: Divulgação