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Agrovila Rio Verde é oásis e vida em plenitude no coração da Floresta Amazônica rondoniense

2 de dezembro de 2022

O Brasil não para de surpreender. Quando achamos que vimos de tudo, vem coisa melhor por aí. Uma vez me falaram que Rondônia tinha pouco potencial turístico. Esse comentário ouvi de um técnico da Embratur, a alguns anos passados. Como eu sou teimoso, e gosto de surpreender nossos leitores com novidades, fui atrás do Éden a poucos quilômetros da capital de Rondônia.

Para quem vai ficar em Porto Velho a turismo, ou veio ao estado de Rondônia para participar de compromissos profissionais ou participar de eventos, existe a oportunidade de realizar um passeio de um dia e vivenciar o turismo de base comunitária que acontece na região da Agrovila Rio Verde, ainda na zona rural de Porto Velho.

A estrada deveria ganhar status de estrada parque.

São aproximadamente 55 minutos de deslocamento pela estrada Penal, até chegar na área rural da Agrovila Rio Verde. Esse destino fica em Candeias do Jamari.

Estrada é margeada por produções agrícolas – Foto por: Márcio Auriema Turco

A viagem por si só já e um passeio surpreendente. A estrada é margeada por áreas de produção agrícola, principalmente soja, além de pequenos produtores rurais que criam em suas terras a agricultura de subsistência, frutas, legumes e produzem ovos e galinhas. Outro diferencial são as pequenas barracas que vendem a farinha de mandioca dos deuses. Se você não tiver pressa pode colher mangas, goiabas, bananas e outras frutas pelo caminho, tal a fartura e abundância delas nas pequenas propriedades. Não precisa roubar, é só pedir! Pois vai sobrar muitas delas para os animais e para as famílias locais.

FARINHA É IGUARIA INDISPENSÁVEL NA CULINÁRIA LOCAL

Prato da culinária local – Foto por: Foto por: Márcio Auriema Turco

Para a população de Rondônia a farinha é um dos itens essenciais da refeição. Ela acompanha os deliciosas pratos preparados com peixes, é a base para o preparo do delicioso pirão, guarnição que acompanha qualquer moqueca, além de servir de base para a alimentação das crianças em fase de crescimento, utilizadas para o preparo de mingau e outras delícias da culinária regional rondoniense.

Voltando ao nosso passeio, depois de rodar por 60 kms, chega-se na Marina Erivan, de onde pega-se uma lancha num trajeto de 10 minutos pelas águas quentinhas do Rio Jamari, até chegar ao Grande Lago do Rio Verde. Chegar nesse local é vivenciar a maior experiência de conexão entre água, terra, floresta e população local. Podemos apelidar esse lago como a Polinésia Rondoniense. Com água quase transparente e povoada por botos rosa e cinza, pelo poderoso “rei das águas doce”, o Pirarucu, a região é local para a prática de pesca esportiva e um oásis de deleite de bucolidade para a população porto velhense, que a partir das 13 horas de sexta-feira já fazem uma “procissão de carros” e fogem para finais de semana de bem-estar , e gastronomia ímpar.

EXECUTIVA DE RESPEITO FAZ HOTELARIA DE QUALIDADE E CONFORTO ÀS MARGENS DO LAGO

Num passeio de lancha de 5 minutos, pudemos conferir mais de duas dúzias de flutuantes que emolduram em suas construções de madeiras coloridas as margens verdes desse lago dos deuses. Esse atrativo oferece uma vasta oferta de flutuantes turísticos, que atende visitantes locais e de outras partes do país, nas modalidades de hotelaria e locação.

Flutuante Pelicano – Foto por: Márcio Auriema Turco

Os flutuantes, nada mais são que hotéis de selva, pois todos eles estão cercados de natureza e oferecem conforto e bons serviços em pleno coração da Floresta Amazônica. Não tivemos muito tempo para apreciar a região, que na minha opinião deve ser explorada por, no mínimo, três noites pelos visitantes.

Thaiana Pinheiro Lima, do flutuante Pelicano – Foto por: Márcio Auriema Turco

Tivemos a oportunidade e o prazer de conhecer a Pelicano, casa flutuante. Coordenada pela empresária Thaiana Pinheiro Lima, a executiva tem dupla função, pois cuida de outros negócios da família em Porto Velho durante a semana. Thai, como é carinhosamente chamada pelos mais próximos, tem 36 anos, é formada em Administração de Empresas pela Faculdade São Lucas e em Economia e Negócios pela FGV. Ela tem um filho e comanda esse empreendimento que oferece 8 suítes e pode receber confortavelmente até 30 pessoas. Ela faz um depoimento dizendo que trabalhar com turismo de base comunitária e ter de coordenar uma hotelaria em pleno coração da selva está sendo um dos maiores desafios de sua vida. Ela afirma ter ganhado um segundo filho para cuidar, a vida toda.

Acomodações – Foto por: Márcio Auriema Turco

Normalmente os valores para um final de semana ficam em 1.300 numa diária de 30 horas entre sábado e domingo. A entrada geralmente tem início sábado as 10 horas da manhã com saída sempre por volta das 15 horas. Esse valor é para duas pessoas, incluindo café da manhã, almoço, merenda da tarde e jantar. As suítes possuem tv, ar-condicionado e enxoval de primeira qualidade, além de um kit de amenites artesanal, com xampu, sabonete e condicionador.

Trilha – Foto por: Márcio Auriema Turco

Passar um dia no Pelicano Flutuante pode nos proporcionar percorrer uma trilha de 1000 metros. Nela podemos observar árvores centenárias, com suas copas de mais de 80 metros, que servem como protetora natural para outras plantas sobreviverem. Nesse percurso podemos escutar com tranquilidade o som da natureza, com cigarras e pássaros de várias espécies dando as boas vindas aos visitantes. Entre uma árvore e outra, famílias de macacos pregos comem suas frutas prediletas e geralmente são ágeis, pulando de galho em galho numa dança frenética de guardar seu território. Como a Floresta Amazônica tem um equilíbrio total, em outra árvore sobe tranquilamente pelo tronco uma família de bicho preguiça, que nem liga para o barulho e a bagunça dos macacos. Isso é a grande surpresa e magia da natureza, o equilíbrio da vida e da Floresta que abriga animais de todas as cores e de comportamentos diferentes.  A trilha é de fácil acesso, e a cada 100 metros existem placas com mensagens motivacionais, que fazem a gente parar e refletir, nem que seja por alguns segundos, sobre a vida e nossas fraquezas.

Caiaque é uma das atrações – Foto por: Márcio Auriema Turco

Mas as experiências não param por aí. O Pelicano tem piscina, caiaques, stand up paddle, redes e cadeiras para descanso, além de boias que garantem um banho ultra revigorante e seguro nas águas refrescantes do Lago Rio Verde. Entre uma atividade e outra uma pausa para uma foto com os botos cinza e rosa, ou com o mergulho do gigante Pirarucu.

A Agrovila é uma comunidade que serve como principal acesso ao lago do Rio Verde, através do rio Jamari. Esse rio nasce em candeias, percorre 55 quilômetros até desaguar no pai de todos os rios, o Madeira, que rasga a capital rondoniense.

Pousada Sol Nascente – Foto por: Divino Caetano

Na vila, encontra-se um grande potencial turístico, como segmentos ao turismo de pesca esportiva e contemplação. Outro local que não visitamos, mas foi-nos recomendado é a Pousada Sol Nascente. O local tem um serviço diferenciado e é outra opção para curtir essa maravilhosa atração turística e ecológica de Rondônia. A estruturação desse atrativo de base comunitária só foi possível ser realizada com o intenso trabalho de implantação do Sebrae. “A Secretaria Municipal de Indústria, Comércio, Turismo e Emprego (Semdestur) realiza, periodicamente, treinamentos com a população local, composta por ribeirinhos que vivem ainda da pesca de subsistência.  É uma oportunidade socioeconômica significativa para a região”, afirma a secretária da Semdestur, Glayce Bezerra.

Além da experiência única de, em pouco mais de 1 hora, você estar conectado à Floresta Amazônica, poder vivenciar esse momento único não tem preço. É importante ressaltar ainda que nada é tão completo sem a ajuda de profissionais. Eu e o repórter fotográfico Márcio Auriema Turco homenageamos, com uma simples foto, toda a equipe do Flutuante Pelicano,  para eternizar esse momento único de nossas vidas. Agradecemos de corpo, alma e coração pela emocionante acolhida e pelo show gastronômico que tivemos oportunidade de experimentar. Venham conhecer! Vale a pena!

Equipe do Flutuante Pelicano – Foto por: Márcio Auriema Turco

Mais informações: instagram.com/flutuante_pelicano

Texto por: Cláudio Lacerda Oliva. Fotos por: Márcio Auriema Turco. Os jornalistas viajaram a Porto Velho a convite da Semdestur, com apoio do Sebrae e dos empreendedores de turismo e gastronomia da capital de Rondônia.

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