Savanas, safáris, praias, animais selvagens, vinhos e grandes centros urbanos são alguns destaques do país rico em roteiros turísticos.
Foto em destaque: stillwords (Via iStock)
Selvagem, contemporânea, diferente e excitante. Muitos são os adjetivos mencionados pelo estrangeiro que tem a possibilidade de se deparar de perto com grandes animais selvagens, em meio à uma infraestrutura moderna e acolhedora. O encantamento é confirmado já no primeiro contato no país que possui uma infinidade de vales, rios e savanas cortadas por estradas bem conservadas e até mesmo nas pequenas cidades dispondo de hotéis confortáveis, bons restaurantes, além de um povo solícito. Não foi por acaso que em 2012, a África do Sul atingiu a marca de um pouco mais de 9,1 milhões de turistas, segundo a Organização Mundial de Turismo (OMT).
A palavra “diversidade” pode resumir bem a terra de Nelson Mandela. Com população de várias etnias, o país oferece inúmeras sugestões de lazer, como esportes radicais, praias de águas multicoloridas, safáris, paisagens exuberantes e muita aventura.
De tantas opções, por onde começar?
Num roteiro programado para 10 dias, o empresário Eduardo Martins percorreu por diversas partes do país em novembro do ano passado, juntamente com um grupo de turistas. Começou a jornada entrando por Port Elizabeth, uma importante cidade praiana situada a pouco mais de 100 km do Addo Park. O Addo é a segunda maior reserva natural do país e abriga uma quantidade significativa de animais selvagens. Esses ficam correndo livremente pela savana. Dentro do parque o “safari” foi realizado em veículos 4×4 com o acompanhamento de um guia. Lá existem opções de hospedagem dentro e fora da área protegida e o local conta com boa infraestrutura para alimentação e compra de souvenires. No dia seguinte, seguiram cortando o interior da África do Sul no sentido de Cape Town.
Na região das pequenas cidades foram quatro dias intensos, com programas das 10h às 17h. Um dos principais momentos foi poderem ter alimentado elefantes, visitado a praia dos pinguins, dobrando o Cabo da Boa Esperança e entrando mar adentro para observar uma colônia de focas no extremo sul do país… “Aventura pura!”, relembra o turista.
No Garden Route, o destaque ficou para o Cangoo Cave, uma caverna gigantesca, esculpida de forma esplêndida pela natureza. Outra área lindíssima visitada foi onde do alto de uma gigantesca ponte, despenca o maior bungee jump do mundo, com 216 metros de queda. Os hotéis escolhidos para estes dois dias e para os demais possuíam infraestrutura excelente, decoração simples e aconchegante que lembraram muitas vezes casas de fazenda muito confortáveis.
Depois da Garden Route, seguiu-se pela Rota 62 – uma estrada cercada por montanhas que compõem um cenário de tirar o fôlego. Em Stelenbosh, uma cidade universitária cercada por lindos vinhedos que produzem uvas e vinho de ótima qualidade, foi possível realizar uma degustação e visita do grupo em uma das propriedades locais. “Quando chegamos à linda fazenda tudo estava preparado, grandes mesas forradas com toalhas brancas, taças com diferentes vinhos e um tipo de chocolate para acompanhar cada vinho. Uma combinação perfeita, um colírio aos olhos e um presente ao paladar”, relembra Martins.
No dia seguinte, o destino foi Cidade do Cabo.
Cape Town, ou Cidade do Cabo, é a meca do agito e da modernidade sul africana. Ótimos hotéis, excelentes restaurantes, casas noturnas e pubs. Na cidade um povo bonito, formado por pessoas de pele e olhos muito claros, e por negros de pele azulada. A principal característica das pessoas é a simpatia.
A praia de Camps Bay em Cape Town é uma das mais apaixonantes por muitos e, uma das mais badaladas e bonitas do mundo. Nesta praia, o colorido deslumbrante do mar se apresenta de forma multicolorida, os tons de verde e azul se contrastam com De tantas opções, por onde começar? WATER FRONT: antigo Porto de Cape Tow, um moderno centro turístico, abriga diversos restaurantes, lojas e hotéis. Lotado de turistas de domingo a domingo, o local é ideal para passear, comprar e se divertir para valer. Reserve no mínimo uma tarde inteira para visitar e aproveitar o local ao som da legítima música africana tocada ao vivo e de graça. o branco claro da areia. Olhando para trás, dandose as costas para o mar, uma “gigante e interminável cordilheira rochosa” emoldura o quadro. Um presente de Deus ao povo do sul.
Foram quatro dias para visitar a Cidade do Cabo e a Península Sul. O grupo participou de um passeio conhecido como “península tur”. O circuito é realizado em um dia inteiro. Inclui-se visita à “Boulders Beach” (praia dos pinguins), onde se passeia ao lado dos bichinhos. Chega-se até lá por uma rodovia chamada Chapman’s Peak: uma estrada que circunda o Parque Nacional da Table Mountain. De um lado, a montanha. E de outro, o mar azul: um cenário no mínimo inesquecível. Durante esse percurso a surpresa é tomar um barco para uma saída rápida (30 minutos) para se observar um colônia de focas e retornar ao caminho.
O objetivo final é o Cabo da Boa Esperança ou Cabo das Tormentas, como era conhecido primitivamente. Uma das paisagens mais bonitas da viagem, o Cabo fica no extremo sul do país e merece parada por lá. A área foi transformada em parque nacional, possui restaurante, loja de souvenires e um funicular que transporta os visitantes da base turística ao topo de um pico onde está localizado antigo farol.
Muitos babuínos circulam soltos pelo parque. É possível avistá-los por toda parte. Mas, embora divertido apreciar esses macacos, os bichos saqueiam carros e bolsas dos turistas a fim de encontrar qualquer tipo de comida. Basta só ficar atento e terminar a viagem inesquecível do outro lado do planeta.
PASSEIOS IMPERDÍVEIS:
TABLE MOUNTAIN
Pode-se chegar até a região por meio de cable car ou “bondinho”(similar ao do Pão de Açúcar no Brasil). A diferença é que lá o piso é giratório, isso permite uma visão de 360 graus da paisagem.
BISKUIT MILL:
Uma antiga fábrica de biscoitos hoje transformada em espaço de eventos. Abriga uma feira que é realizada todo sábado, onde há artesanato local e culinária deliciosa. Uma parada obrigatória!
ROBEN ISLAND:
A ilha abriga o antigo presídio onde Nelson Mandela passou boa parte da sua vida. O passeio inclui transporte em um excelente barco e visita monitorada ao presídio e a Vila dos moradores que trabalhavam lá. Detalhe curioso da visita: Os guias que lá atuam são os antigos detentos do local, é inevitável não se emocionar com os autênticos relatos contados pelos homens que tanto sofreram com os castigos e humilhações impostos por um regime segregado e injusto (fatos narrados em inglês).
WATER FRONT:
Antigo Porto de Cape Tow, um moderno centro turístico, abriga diversos restaurantes, lojas e hotéis. Lotado de turistas de domingo a domingo, o local é ideal para passear, comprar e se divertir para valer. Reserve no mínimo uma tarde inteira para visitar e aproveitar o local ao som da legítima música africana tocada ao vivo e de graça.
Pretória – A capital sul-africana
A 57 km de Johanesburgo, a sede do governo do país é um dos principais destinos turísticos. Praças arborizadas, monumentos e museus são alguns destaques, como o National Zoological Gardens e o Museu Histórico Nacional. Outra atração é o palácio presidencial Union Buildings, que oferece uma vista única da cidade na parte de cima. Outra atração é a casa de Paul Kruger, considerado o fundador na nação “africâner” após o período de domínio britânico.
A multicultural Durban
Segunda maior metrópole da África do Sul e porto mais ativo do país, Durban é um dos pontos preferidos dos sul-africanos para passarem as férias. É a maior “cidade indiana” fora da Índia e porta de entrada para os parques nacionais de Zululand e Drakensberg. As praias da região de Golden Mile são famosas pelo surf e areias brancas. No Parque Simangaliso pode-se observar golfinhos, baleias e uma grande quantidade de aves e tartarugas.
A britânica e ensolarada Port Elizabeth
Hotéis luxuosos, gastronomia de alto padrão e 40km de belas praias de areia dourada são alguns destaques da cidade. Fundada por colonos ingleses em 1820, a metrópole é a quinta maior do país e preserva construções de arquitetura britânica. A região é propícia para o mergulho, observando recifes de corais, peixes coloridos e até navios naufragados. Da praia é possível ver baleias, golfinhos e pinguins. Para os românticos, o pôr do sol no Hobie Shark Rock Píer é cinematográfico.
Johanesburgo reserva cultura e lazer
Principal centro financeiro do continente africano, a metrópole é repleta de atrações culturais e de entretenimento. Dê um pulo no Museu do Apartheid, que remonta a história do país no século XX. No distrito comercial de Sandton, há uma variedade de opções de decoração e antiquários no Village Walk Shopping Centre. No subúrbio, conheça o Soweto, local de resistência do apartheid. Atualmente, o lugar tem áreas sofisticadas, com bares e casas musicais de vários gêneros.
WINELANDS VALLEY – A rota dos vinhos
Uma combinação de sabores do Novo Mundo e da Europa. Assim é vinho sul-africano, um dos melhores do mundo. A 45 minutos de carro de Cape Town, a charmosa região de Winelands Valley apresenta localidades arborizadas como Stellenbosch e Franschoek, com adegas e restaurantes sofisticados. Prove a saborosa uva Pinotage. Aproveite e percorra a Rota 62, a rota de vinho mais longa do mundo. O trajeto serpenteia por Breede River Valley e Klein Karoo, passando por cidades produtoras da bebida como Barrydale, Ashton e Paarl.
Cape Town – Exotismo e sofisticação
Considerada por muitos uma das cidades mais lindas do mundo, Cape Town (ou Cidade do Cabo) tem belas praias, reservas e parques nacionais, ótimos hotéis e restaurantes. Atrativos não faltam nessa metrópole como o The Houses of Parliament, o South African Museum, o Jardim Botânico de Kirstenbosch (um dos mais bonitos do planeta) e o Cabo da Boa Esperança, região que é ponto de junção entre os oceanos Atlântico e Índico. Outra dica é passear pelo centro da cidade, que é repleta de prédios de arquiteturas holandesa e inglesa do final do século XIX, mercados muçulmanos de comerciantes de origem malaia e indonésia e feiras de artesanato de tribos africanas.
DESERTO DE KAROO -Beleza pitoresca
Cenários incríveis com algumas áreas floridas, ermas e montanhosas em uma região seca e semi- desértica. Assim é o Karoo, que compreende um espaço de 400 mil km2. Ao percorrer por estradas na região é possível ver paisagens naturais estonteantes. O solo é bastante fértil em pontos de irrigação, que servem de pastagem para gados e agricultura.
Tranquilidade e muito verde em Bloemfontein
Capital judiciária do país e terra natal de JRR Tolkien, autor de “O Senhor dos Anéis”, Bloemfontein é uma agradável cidade com muitos espaços verdes, como o The Botanical Garden e o King’s Park, com mais de 4 mil roseiras. No Hamilton Park fica a The Orchid House, com a maior coleção de orquídeas do país. O local tem inúmeras opções culturais entre monumentos, galerias de arte e museus, como o Bloemfontein National Museum e a Freshford House.
Safáris
Em torno de 20% do território do país é preservado como ambiental. Uma das principais atrações turísticas são os safáris. Parques como o Phinda Private, Madikwe Game e o Pilanesberg permitem observar inúmeras espécies de vegetais e animais. O espaço com maior área de preservação de fauna da África do Sul é o Kruger National Park, onde é possível ver os famosos “Big Five” (leão, leopardo, rinoceronte, elefante e búfalo), os cinco animais mais difíceis de serem caçados. Também é possível fazer safáris de flores. Os mais procurados são das regiões de Namaqualand e Cape Floral, que é Patrimônio Mundial da Natureza, pela riqueza em plantas.
O que fazer em um safári?
Há diversas possibilidades de fazer um safári na África do Sul. Para observar o “Big Five”, o ideal é estar a bordo de jeeps 4×4 acompanhado de um guia (ranger) e um rastreador. Outras possibilidades são a cavalo, bikes e até no lombo de elefantes por duas horas perto de Hoedpruit. Não é recomendável carregar bolsas e mochilas. Os guias orientam levar protetor solar, repelentes, hidratante para o rosto, chapéus, óculos de sol, camisas e calças compridas, botas ou tênis com meias que cubram os tornozelos e agasalho para se proteger do frio da manhã e do anoitecer. Pode levar câmeras fotográficas e de vídeo.
É BOM SABER!
Veja algumas dicas:
TEMPO DE VIAGEM
Johannesburgo é o ponto de chegada dos voos internacionais. Partindo do Brasil, a viagem dura aproximadamente dez horas. De Johannesburgo até Port Elizabeth, 2h30 de vôo. A conexão é simples e tranquila.
NA BAGAGEM
Não esquecer uma jaqueta corta vento, chapéu ou boné para proteger- se do sol, tênis para caminhar e uma boa máquina fotográfica para registrar momentos inesquecíveis.
CLIMA
Muito parecido com o sul do Brasil. Quente na maior parte do tempo. No verão a temperatura média varia entre 30 e 35 graus. Os ventos são constantes o ano todo, portanto a dica é sempre andar com um abrigo leve ou uma jaqueta corta vento na bolsa ou na mochila.
MELHOR ÉPOCA PARA VISITAR
Um país para ser visitado o ano inteiro. Evitar o período do inverno, de junho a agosto.
MOEDA
A local é o Hand, e vale quase quatro vezes menos que o Real, tornando a viagem mais econômica em relação aos países da Europa e Estados Unidos.
Informações:
•www.keepcompany.com.br
•www.nutsviagens.com.br
• www.softtravel.com.br
E-mails: [email protected]
Telefone: (55 11) 3017-9999