Bertioga é a primeira cidade do Litoral Norte de São Paulo e a mais próxima da capital tem mais que belas praias para oferecer ao visitante. Com rica diversidade de atrativos, apresenta matas, rios e cachoeiras que encantam os amantes da natureza. E do turismo de aventura.
Destacam-se as trilhas do já liberado Parque Estadual da Restinga de Bertioga (PERB). Além do passeio em si, as trilhas dão acesso a atividades como rapel, rafting, canoagem, trekking, observação de aves, expedições fotográficas – entre outras.
Para realizar as atividades, os visitantes devem agendar previamente os passeios com uma das duas associações que fazem a gestão do uso turístico. Das 12 trilhas em operação, a do Itaguaré é autoguiada e pode ser feita com ou sem a contratação de monitores. As demais exigem o acompanhamento de profissionais credenciados pela Fundação Florestal e Secretaria de Turismo de Bertioga.
A seguir, listamos algumas das principais trilhas e passeios, em Bertioga.
A trilha de Itaguaré é autoguiada e possui indicação e QR Code para que o visitante possa caminhar por trechos que dão acesso à praia de mesmo nome, passando por mata de Restinga baixa e alta e Baixa, e Jundú. Tem extensão de 2,5km, ida e volta.
Já a trilha D’água, também conhecida como trilha do SESC, se inicia às margens do rio Itapanhaú, no bairro Mangue Seco, e se estende até dentro do PESM, sendo que foi estruturada sob o sistema de abastecimento de água para uso exclusivo do sistema balneário do SESC em Bertioga. Esta trilha também é utilizada para a manutenção da tubulação de abastecimento de água pelos profissionais do SESC. As vegetações mata de encosta e mata ombrófila densa. Sua extensão é de 6,4km, ida e volta.
A trilha de Guaratuba – Costa do Sol se inicia dentro de um bairro e se estende até os limites do PESM, sendo que também foi estruturada sob o sistema de abastecimento de água utilizado pelo bairro Costa do Sol e é utilizada também para a manutenção, pela SABESP, da tubulação utilizada para a captação de água. As vegetações de Mata Atlântica encontradas são restinga baixa, restinga alta, mata de encosta e mata ombrófila densa. Extensão de 7,3km ida e volta.
Tendo início dentro de um bairro Sítio São João, a trilha Torres 44 e 47 se estende até os limites do PESM, sendo que parte dela foi estruturada abaixo da linha de transmissão de energia para o Porto de Santos e adentra na área do PESM. É uma trilha utilizada também para a manutenção, pela CODESP, das torres e cabos de energia. As vegetações de Mata Atlântica encontradas são restinga alta, mata ciliar do rio Jaguareguava e mata ombrófila densa. Tem extensão de 7,6km, ida e volta.
A trilha do Itatinga se inicia no rio Itapanhaú, segue até o limite com o PESM e se estende até os limites com a Usina Hidrelétrica de Itatinga, sendo que parte dela segue a margem dos rios Itapanhaú e Itatinga. As vegetações de Mata Atlântica encontradas são manguezal, restinga baixa e alta, mata ciliar dos rios Itapanhaú e Itatinga e mata ombrófila densa. Sua extensão é de 16,2km, ida e volta.
A trilha Vale Verde se inicia na rodovia Mogi-Bertioga (SP-98) entre os km 96 e 97 e finda no rio Itapanhaú, sendo que foi construída para o transporte de uma antiga fazenda de plantação de bananas e cacau na região. As vegetações de Mata Atlântica encontradas são restinga Alta, mata ciliar do rio
e mata ombrófila densa. Extensão de 5km, ida e volta.
A trilha da Casa de Pedra pode ser caracterizada por duas casas, a primeira construída pela antiga administração da fazenda de plantação de bananas e cacau, que fica antes do rio Itapanhaú logo no início da trilha vale verde, e a do Senhor Nelson, que fica na outra margem do rio Itapanhaú e é o ponto de partida para a trilha do Rio Itapanhaú – Cachoeira do Elefante ou Véu de Noiva. Extensão de 5,2km, ida e volta.
A trilha do Itapanhaú inicia-se na trilha Vale Verde na rodovia Mogi-bertioga (SP-98) entre os km 96 e 97 e finda na Cachoeira do rio Itapanhaú, sendo que esta é uma trilha com alta complexidade de desafios devido estarem incrustada dentro da Mata Atlântica dentro dos PERB e PESM. As vegetações de Mata Atlântica encontrada são Restinga Alta, Mata Ciliar do rio Itapanhaú e Mata ombrófila densa. Extensão de 14,0km ida e volta.
Já a trilha da Família Pinto inicia-se na rodovia Gov. Mario Covas (Santos-Rio – SP055 / BR101), entre os km 208 e 209, e finda na continuidade para a Trilha da Garganta do Gigante. Esta é uma trilha simples, que tem possibilidade de acesso de veículos 4×4 e era utilizada para transporte de produtos da antiga fazenda da família Pinto. As vegetações de Mata Atlântica encontradas são restinga alta e mata ombrófila densa. Extensão de 10,4km, ida e volta.
Também podendo ter o início na trilha Família Pinto, na rodovia Gov. Mario Covas (Santos-Rio – SP055 / BR101) entre os km 208 e 209, a trilha da Garganta do Gigante finda na cachoeira entre um Cânion da Garganta do Gigante. Seu início é simples e tem possibilidade de acesso de veículos 4×4, porém após o trecho fácil inicia-se uma trilha extremamente complexa com travessia de vários riachos, com terreno íngreme e desnivelado. As vegetações de Mata Atlântica encontradas são restinga alta e mata ombrófila densa. Tem extensão de 18,7km, ida e volta.
A trilha Ribeirão dos Monos é uma ótima pedida para competição de aventura, sendo que o inicio é o mesmo da trilha do Guaratuba, porém entra-se dentro dos limites do PESM e segue-se ao pé da Serra do Mar, transitando por áreas alagadas, mata fechada, por cascatas de pequeno porte, travessia a nado em um trecho do Rio Itaguaré, finalizando na rodovia Gov. Mario Covas (Santos-Rio – SP055 / BR101) entre os km 206 e 207. As vegetações de Mata Atlântica encontradas são manguezal, restinga alta e mata ombrófila densa. Extensão de 13,2km única trilha em sentido único (26,4 km ida e volta).
Por fim, a trilha do Morro do Itaguá (Aeromoças), que tem dois pontos de início, um pela vila de pescadores caiçaras no Cantão de Itaguá e outro após travessia de barco pelo rio Guaratuba, antes de sua foz com o Oceano Atlântico. Esta é uma trilha de alta complexidade por estar localizada em um costão rochoso e com aclive elevada, com caminho sobre rochas soltas e árvores caídas. É uma trilha que está exclusivamente dentro dos limites do PERB. Extensão de 14,8km, ida e volta.
Todas as informações foram cedidas pela Associação Bertioguense de Ecoturismo – ABEco, pois fazem parte da Proposta de Trabalho enviada para a Fundação Florestal como resposta ao Chamamento Público NNP N° 03/2018 Processo Nº 1.091/2018 – NIS 2118447 publicado do DOSP de 21/12/2018.
Texto por: Agência com edição
Fotos: Prefeitura Municipal de Bertioga