Por estar próxima ao Aeroporto de Confins, Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, é muito conhecida por pessoas que chegam ao estado para trabalhar ou que apenas fazem escala por ali. Porém, a cidade é muito mais do que um ponto de parada ou passagem. Com grande potencial para o turismo, no qual destacam-se o ecoturismo e o turismo cultural, é repleta de belezas naturais e riquezas arqueológicas e paleontológicas, chamando a atenção de naturalistas e pesquisadores. Por abrigar a Gruta da Lapinha, que fica a 760 metros de altitude, Lagoa Santa tornou-se parte do acervo turístico-cultural de MG. E além de atrações próprias, a cidade ainda fica no caminho da Serra do Cipó, um dos lugares de natureza mais bonitos e preservados do país.
Outra história que muitas pessoas não sabem é que o nome Lagoa Santa surgiu devido ao valor curativo de suas águas. Por causa dessa fama, o local também recebe peregrinos em busca da cura para seus males.
Pertencente ao Parque Estadual do Sumidouro, a Gruta da Lapinha compreende um bloco de pedra calcária formado há 600 milhões de anos, com 40 metros de profundidade e 511 metros de extensão. Na visitação guiada, as pessoas conferem de perto estalactites e estalagmites que embelezam o lugar. Descoberta por volta do ano de 1835 pelo cientista dinamarquês Peter W. Lund, a Gruta da Lapinha foi eleita uma das sete maravilhas da Estrada Real – reconhecida como a maior rota turística do país pela importância que teve na época da Coroa Portuguesa, que oficializou caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro. Agendamento só é necessário para grupos acima de 25 pessoas, caso contrário, não precisa marcar visitação. Funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 16h.
Endereço: Parque Estadual do Sumidouro (acesso pelo km 44 da MG-010 p/ Serra do Cipó)
O Museu Arqueológico ou Museu do Castelinho, como também é conhecido, fica no mesmo local da Gruta da Lapinha, sendo uma propriedade particular dentro da área do parque Estadual do Sumidouro. Por lá são vistos arcadas, crânios e esqueletos completos de habitantes que viveram em Lagoa Santa há mais de 10 mil anos. O museu ainda se destaca por abrigar a ossada de “Luzia”, o fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas. Além disso, possui um acervo numeroso de peças históricas como urnas funerárias indígenas, ferramentas líticas e outros utensílios. Funciona de terça-feira a domingo, das 9h30 às 17h.
Endereço: Parque Estadual do Sumidouro (acesso pelo km 44 da MG-010 p/ Serra do Cipó)
Principal cartão postal de Lagoa Santa, a Lagoa foi tombada como Patrimônio Histórico e Paisagístico em 2001. Devido à sua beleza cênica e importância histórica, é reconhecida culturalmente e encanta os moradores e turistas que visitam a cidade. Atualmente, a orla da Lagoa Central é espaço para o lazer e entretenimento de moradores e visitantes, proporcionando passeios ciclísticos, caminhadas e prática de esportes. Abriga em seu entorno o Iate Clube, outro ponto turístico do município, e gastronomia diversificada, nos diversos bares e restaurantes encontrados em toda sua extensão. Para quem gosta de admirar o pôr do sol, a Lagoa Central oferece uma vista fantástica.
Endereço: Av. Getúlio Vargas, São Geraldo, Lagoa Santa
Considerado o pai da paleontologia brasileira, o cientista dinamarquês Peter Wilhelm Lund (1801 – 1880) foi uma personalidade muito importante para a história do país. Durante seu trabalho, descobriu mais de 12 mil peças fósseis em cavernas da região de Lagoa Santa, que permitiram escrever a história do período pleistocênico brasileiro, o mais recente na escala geológica, segundo informação da revista Ciência Hoje, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. O túmulo do Dr. Peter W. Lund tem uma importância carregada de história. Foi construído no local escolhido pelo próprio cientista para abrigar seus restos mortais, quando o mesmo registrou o desejo de ser sepultado à sombra de um pequizeiro onde costumava estudar. O local ainda mantém a mesma árvore. Por ali também foi erguido, por iniciativa da Academia Mineira de Letras, um monumento em homenagem ao cientista.
Saindo um pouco de Lagoa Santa, a 61 km de distância fica o Parque Nacional da Serra do Cipó e os seus 100 mil hectares de cerrados, campos rupestres e matas, além de rios, cachoeiras, cânions, cavernas e sítios arqueológicos preservados. Pela fauna e flora exuberantes e a perder de vista, recebeu do paisagista Burle Marx, em 1950, o título de “Jardim Botânico do Brasil”. O parque é um dos mais importantes do país, tanto pela biodiversidade quanto pelo potencial turístico. Para quem gosta de ecoturismo, é lugar de visitação obrigatória.
Onde ficar
Samba Lagoa Santa
Distante apenas 13 km do Aeroporto de Confins, o hotel é um facilitador para quem chega e sai da cidade, até por isso, é muito procurado por hóspedes corporativos. Mas quem visita Lagoa Santa para fazer turismo e deseja uma hospedagem relaxante, encontra uma boa estrutura e um excelente custo benefício para a hospedagem. Também é uma boa alternativa mesmo para quem vai à Serra do Cipó, uma vez que aparece como opção de parada para descanso antes ou depois da viagem de 63 Km.
O Samba Lagoa Santa tem amplo estacionamento, área de lazer na cobertura com vista panorâmica, piscina com hidromassagem e bar no terraço com linda vista para a Lagoa Central. Também possui um restaurante de comida japonesa, o “Sambar”, que fica aberto de 19h às 00h. A outra vantagem de se hospedar no hotel é que ele está próximo das várias atrações turísticas citadas.
Texto por Agência com edição de Carolina Berlato
Imagem Destacada via iStock/ trindade51