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Lagoa Santa, em MG, encanta pelas riquezas naturais, arqueológicas e paleontológicas

25 de julho de 2018

Por estar próxima ao Aeroporto de Confins, Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, é muito conhecida por pessoas que chegam ao estado para trabalhar ou que apenas fazem escala por ali. Porém, a cidade é muito mais do que um ponto de parada ou passagem. Com grande potencial para o turismo, no qual destacam-se o ecoturismo e o turismo cultural, é repleta de belezas naturais e riquezas arqueológicas e paleontológicas, chamando a atenção de naturalistas e pesquisadores. Por abrigar a Gruta da Lapinha, que fica a 760 metros de altitude, Lagoa Santa tornou-se parte do acervo turístico-cultural de MG. E além de atrações próprias, a cidade ainda fica no caminho da Serra do Cipó, um dos lugares de natureza mais bonitos e preservados do país.

Outra história que muitas pessoas não sabem é que o nome Lagoa Santa surgiu devido ao valor curativo de suas águas. Por causa dessa fama, o local também recebe peregrinos em busca da cura para seus males.

Pertencente ao Parque Estadual do Sumidouroa Gruta da Lapinha compreende um bloco de pedra calcária formado há 600 milhões de anos, com 40 metros de profundidade e 511 metros de extensão. Na visitação guiada, as pessoas conferem de perto estalactites e estalagmites que embelezam o lugar. Descoberta por volta do ano de 1835 pelo cientista dinamarquês Peter W. Lund, a Gruta da Lapinha foi eleita uma das sete maravilhas da Estrada Real – reconhecida como a maior rota turística do país pela importância que teve na época da Coroa Portuguesa, que oficializou caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro. Agendamento só é necessário para grupos acima de 25 pessoas, caso contrário, não precisa marcar visitação. Funciona de terça-feira a domingo, das 9h às 16h.

Endereço: Parque Estadual do Sumidouro (acesso pelo km 44 da MG-010 p/ Serra do Cipó)

O Museu Arqueológico ou Museu do Castelinho, como também é conhecido, fica no mesmo local da Gruta da Lapinha, sendo uma propriedade particular dentro da área do parque Estadual do Sumidouro. Por lá são vistos arcadas, crânios e esqueletos completos de habitantes que viveram em Lagoa Santa há mais de 10 mil anos. O museu ainda se destaca por abrigar a ossada de “Luzia”, o fóssil humano mais antigo encontrado nas Américas. Além disso, possui um acervo numeroso de peças históricas como urnas funerárias indígenas, ferramentas líticas e outros utensílios. Funciona de terça-feira a domingo, das 9h30 às 17h.

Endereço: Parque Estadual do Sumidouro (acesso pelo km 44 da MG-010 p/ Serra do Cipó)

Principal cartão postal de Lagoa Santa, a Lagoa foi tombada como Patrimônio Histórico e Paisagístico em 2001. Devido à sua beleza cênica e importância histórica, é reconhecida culturalmente e encanta os moradores e turistas que visitam a cidade. Atualmente, a orla da Lagoa Central é espaço para o lazer e entretenimento de moradores e visitantes, proporcionando passeios ciclísticos, caminhadas e prática de esportes. Abriga em seu entorno o Iate Clube, outro ponto turístico do município, e gastronomia diversificada, nos diversos bares e restaurantes encontrados em toda sua extensão. Para quem gosta de admirar o pôr do sol, a Lagoa Central oferece uma vista fantástica.

Endereço: Av. Getúlio Vargas, São Geraldo, Lagoa Santa

Foto por Fred Carvalho via Divulgação

Foto por Fred Carvalho via Divulgação

Considerado o pai da paleontologia brasileira, o cientista dinamarquês Peter Wilhelm Lund (1801 – 1880) foi uma personalidade muito importante para a história do país. Durante seu trabalho, descobriu mais de 12 mil peças fósseis em cavernas da região de Lagoa Santa, que permitiram escrever a história do período pleistocênico brasileiro, o mais recente na escala geológica, segundo informação da revista Ciência Hoje, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. O túmulo do Dr. Peter W. Lund tem uma importância carregada de história. Foi construído no local escolhido pelo próprio cientista para abrigar seus restos mortais, quando o mesmo registrou o desejo de ser sepultado à sombra de um pequizeiro onde costumava estudar. O local ainda mantém a mesma árvore. Por ali também foi erguido, por iniciativa da Academia Mineira de Letras, um monumento em homenagem ao cientista.

Foto por Pedro Vilela via Flickr/MTur

Foto por Pedro Vilela via Flickr/MTur

Saindo um pouco de Lagoa Santa, a 61 km de distância fica o Parque Nacional da Serra do Cipó e os seus 100 mil hectares de cerrados, campos rupestres e matas, além de rios, cachoeiras, cânions, cavernas e sítios arqueológicos preservados. Pela fauna e flora exuberantes e a perder de vista, recebeu do paisagista Burle Marx, em 1950, o título de “Jardim Botânico do Brasil”. O parque é um dos mais importantes do país, tanto pela biodiversidade quanto pelo potencial turístico. Para quem gosta de ecoturismo, é lugar de visitação obrigatória.

Onde ficar

Samba Lagoa Santa

Distante apenas 13 km do Aeroporto de Confins, o hotel é um facilitador para quem chega e sai da cidade, até por isso, é muito procurado por hóspedes corporativos. Mas quem visita Lagoa Santa para fazer turismo e deseja uma hospedagem relaxante, encontra uma boa estrutura e um excelente custo benefício para a hospedagem. Também é uma boa alternativa mesmo para quem vai à Serra do Cipó, uma vez que aparece como opção de parada para descanso antes ou depois da viagem de 63 Km.

O Samba Lagoa Santa tem amplo estacionamento, área de lazer na cobertura com vista panorâmica, piscina com hidromassagem e bar no terraço com linda vista para a Lagoa Central. Também possui um restaurante de comida japonesa, o “Sambar”, que fica aberto de 19h às 00h. A outra vantagem de se hospedar no hotel é que ele está próximo das várias atrações turísticas citadas.

Texto por Agência com edição de Carolina Berlato

Imagem Destacada via iStock/ trindade51

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