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Nova York: Eclética, surpreendente e sempre renovada

16 de novembro de 2016

Ao chegar em Nova York é inevitável aquela sensação de que estamos em um ambiente familiar, um déjà vu (pronuncia- se déjà vi, que significa já visto). Na Big Apple essa reação psicológica do cérebro, que transmite a ideia de que já estivemos por lá – sem jamais ter ido – é bastante comum. E não é por acaso. Afinal é difícil encontrar alguém que diga que não a conheça, que nunca viu ou ouviu falar. Quem não se encantou com a música “New York, New York” na voz maravilhosa de Frank Sinatra? Ou com o filme de mesmo nome dirigido por Martin Scorsese, tendo Liza Minnelli e Robert De Niro no elenco. No cinema há uma infinidade de outras películas rodadas na cidade que, este ano, espera receber 59,7 milhões de visitantes. Somente no Central Park foram filmados mais de 250 longas-metragens. Filmes para todos os gostos e idades. Quem não lembra do gorilão King Kong pendurado no topo do Empire State? Os mais velhos certamente assistiram aos clássicos “Bonequinha de Luxo” (Breakfast at Tiffany’s) com Audrey Hepburn, que imortalizou NYC na década de 1960; “Taxi Drive” e “Harry e Sally – Feitos um para o outro”. Os fãs de ação e fantasia lotam as salas de exibição para assistir as aventuras do “Homem Aranha” combatendo o crime e balançando em teias entre os edifícios; se divertir com os alienígenas espalhados por Manhattan em “MIB – Homens de Preto”; ou gargalhar com comédias como “O Diabo Veste Prada” e “Uma Noite no Museu”.

Foto por IStock/ Moussa81

Foto por IStock/ Moussa81

Hollywood tem verdadeira fixação por Nova York. O diretor Woody Allen, por exemplo, sempre teve a cidade como cenário dos os seus filmes. Até as crianças curtem NYC em animações como “Madagascar”. Na ficção, o destino já foi arrasado e destruído inúmeras vezes. Desde “O Planeta dos Macacos”, em 1968, passando por “Ghostbusters”, “Godzila”, “Impacto Profundo”, “Armageddon”, “Independence Day”, “O Dia Depois de Amanhã” até blockbusters atuais com super-heróis em “A Liga da Justiça” e “Os Vingadores”. Estes são apenas alguns dos mais famosos, mas tem mais, muito mais. Até séries consagradas como “Seinfield’, “Friends” e “Sex in the City” têm a frenética NYC como o lugar onde as tramas se desenrolam. Com tudo isso, é impossível não criar familiaridade com a cidade. E se ela é tema ou pano de fundo para tantas obras é porque tem muito a oferecer.

Cidade guarda segredos escondidos 

Mas, afinal, o que define uma cidade como Nova York? O que ela tem que exerce tanto fascínio em turistas do mundo todo? Para tentar descobrir, reserve ao menos meio dia para caminhar com calma em meio ao agito de Manhattan.

Entre na Grand Central Terminal – marco arquitetônico e ponto de encontro de nova-iorquinos e turista – e suba até o mezanino, em frente à loja da Apple, e fique por alguns minutos observando o vai-e-vem frenético no grande salão principal, com mais de 1,1 mil metros quadrados. Olhe para o alto e admire o teto, onde está um imenso mural das constelações. E não deixe de registrar o momento tirando uma foto em frente ao grande relógio de quatro faces no centro da estação.

Os fãs de cinema fatalmente vão lembrar de cenas clássicas de dois grandes filmes rodados naquele cenário. Foi lá, na escadaria, que houve um grande tiroteio em “Os Intocáveis”, protagonizado por Kevin Costner. Como não lembrar do carrinho de bebê que roda escada abaixo. Ou da destruição total do terminal em “Os Vingadores” durante a batalha dos super-heróis na tentativa de salvar o planeta do domínio dos extraterrestres.

Depois, desça até o piso inferior e descubra outros encantos do centenário terminal, onde estão preciosidades como o velho restaurante Oyster Bar, que serve ostras frestas e muitos outros pratos deliciosos, e a confeitaria Magnolia Bakery, instalada em um local ambientado com antigos vagões de trem. Aproveite para experimentar os famosos cupcakes da série “Sex and the City”. Há, ainda, um mercado interno com peixes, carnes, frutas, verduras frescas e muitas outras delícias.

FOTO: ISTOCK.COM / JAVENLIN

FOTO: ISTOCK.COM / JAVENLIN

O andar subterrâneo da estação também esconde um outro segredo. A acústica de seus bonitos arcos de cerâmica faz com que até sussurros reverberem. Se estiver acompanhado, experimentem ficar em esquinas opostas e falem em voz baixa. Apesar de estarem a metros de distância ambos poderão ouvir o que está sendo dito.

Cansou de andar? Entre na biblioteca pública (New York Public Library) na Fifth Avenue. Você vai se surpreender. Instalada em um edifício belo e grandioso, é uma das principais bibliotecas do mundo e guarda mais de 50 milhões de itens e livros em 370 línguas e dialetos. A arquitetura é fantástica, tem ar condicionado, wi-fi grátis e silêncio. Aproveite para descansar enquanto aproveita para recarregar a bateria do celular.

Outra opção agradável para uma paradinha para recarregar a sua energia é o Bryant Park, no centro de Manhattan. Ele não é grande, mas é onde os locais costumam descansar um pouco e dar uma relaxada no horário do almoço. Tem um grande gramado cercado por árvores e muitos bancos e mesinhas com jogos. Ótimo local para ler um livro, fazer um piquenique ou apenas tomar um sorvete ou café. Em volta há vários quiosques com lanches, comidas e bebidas. No verão, são realizadas exibições de filmes gratuitos e aulas de ioga, dança e Tai Chi. Já no inverno, o gramado se transforma em uma pista de patinação no gelo e também acontece o festival “Winter Village”.

FOTO: ISTOCK.COM / ROCKS3

FOTO: ISTOCK.COM / ROCKS3

Conhecer Nova York demanda tempo e disposição para descobrir seus recantos e encantos. Tudo depende do motivo da viagem e do tempo disponível. No entanto, alguns programas são indispensáveis para começar a entender porque ela é considerada a “cidade que nunca dorme”. São eles:

Visitar a Estátua da Liberdade 

Foto por Istock/ cincila

Foto por Istock/ cincila

Juntamente com a Torre Eiffel e o Cristo Redentor está entre os monumentos mais conhecidos do mundo. Sem dúvidas é o principal símbolo de Nova York. A enorme dama representa a liberdade política e a democracia. A estátua foi um presente da França aos Estados Unidos por ocasião do centenário da assinatura da Declaração da Independência da Revolução Americana. O monumento foi aberto ao público em 28 de outubro de 1886, na Ilha da Liberdade, na entrada do porto de NY. Para chegar até lá você tem que pegar um barco em Lower Manhattan e prepare-se para a rigorosa checagem de segurança – similar às dos aeroportos.

Para conhecer o interior da Estátua da Liberdade é preciso reservar ingressos com antecedência porque eles esgotam rápido. No interior do monumento há um pequeno museu, acessível apenas para poucos visitantes, devido aos procedimentos de segurança instaurados após 11 de setembro de 2001. Há duas opções: subir até o pedestal (215 degraus) ou até a coroa (354 degraus) por escadaria estreita. Ao comprar o ingresso observe se o seu nome está escrito da mesma forma que em seu passaporte. A segurança é bastante rigorosa e você poderá portar apenas uma câmera e medicamentos, além do ticket. Todos os seus demais pertences terão que ficar guardados em um armário que pode ser alugado. Muita gente desiste e opta em apenas tirar fotos do lado externo. O passeio completo leve cerca de cinco horas.

Foto por Istock/ spyarm

Foto por Istock/ spyarm

Em 2019, a ilha ganhará um novo museu da Estátua da Liberdade, parte importante do plano de paisagismo e iluminação do local. Ele dará aos mais de 4,3 milhões de visitantes anuais a oportunidade de aprender e homenagear a história da Estátua, sua influência e legado para o mundo. No projeto do novo espaço está previsto um mural logo à entrada. Ele será uma evocação artística inspirada por um outro símbolo dos EUA, a sua bandeira. Cada uma das 50 “estrelas da liberdade” será esculpida no mural trabalhado de barras de ferro removidas e preservadas durante a restauração de 1986.

Subir até os observatórios para apreciar a vista 

Empire State Building – O mirante do icônico edifício não é o mais alto da cidade e nem o mais moderno. Porém, visitar Nova York e não conhecer o histórico prédio chega a ser uma heresia. Localizado no andar 86, proporciona uma vista maravilhosa de Manhattan. Escolha, se possível, um dia sem nuvens para apreciar melhor a vista panorâmica de 360 graus da cidade e dos quatro estados vizinhos – Nova Jersey, Pensilvânia, Connecticut e Massachusetts. O terraço a céu aberto está equipado com binóculos potentes. Para os dias frios há uma área fechada e aquecida.

FOTO ISTOCK SONGQUAN DENG

FOTO ISTOCK SONGQUAN DENG

Top of the Rock – Apesar de ficar “apenas” no 70o andar do edifício Rockefeller Plaza, o observatório oferece uma vista de 360 graus de NY. Mas, antes de chegar ao mirante você passa por uma exposição, no mezanino, com fotos e artefatos que contam a história do lugar e também do Rockefeller Center. Durante o dia chama a atenção a bela vista para o Central Park e até de locais mais distantes como Nova Jersey, Brooklyn e Queens. Já à noite a vista dos prédios iluminados é a atração. Impressionante o visual do Empire State Building com seus 103 andares, do Chrysler Building, a Ponte do Brooklyn e o Rio Hudson.

One World Observatory – O mais novo mirante de NYC está no 102º andar do One World Trade Center – também conhecido como Freedom Tower. Os elevadores extremamente rápidos (chamados de Sky Pods) são uma atração à parte. Os ingressos custam a partir de US$ 32 (adultos) e US$ 26 (crianças).

Fazer um passeio de barco ao redor da ilha 

Foto por Istock/ pinaki1

Foto por Istock/ pinaki1

Ideal para conhecer a cidade a partir de uma outra perspectiva. Se puder escolha um horário no final da tarde para apreciar o pôr do sol e também as luzes se acendendo no skyline de Manhattan. O passeio Best of NYC tem duração de duas horas e meia e permite explorar a ilha a bordo de um confortável barco. Enquanto navega pelas águas do Rio Hudson você verá Midtown e seus enormes edifícios; Greenwich Village e os seus apartamentos caríssimos; o Financial District, onde está o Memorial 11 de Setembro e o Winter Garden, um jardim de inverno aos pés do Freedom Tower; a Estátua da Liberdade – oportunidade para tirar muitas fotos; o East Side de Manhattan; Wall Street; a Ponte do Brooklyn; o Upper East Side, a região mais pobre; o Yankee Stadium, sede do time de beisebol New York Yankees; e, finalmente, o Upper West Side antes de aportar no Pier 83.

Durante todo o roteiro o guia faz comentários e revela curiosidades sobre os locais mais interessantes e significativos. No bar a bordo você pode comprar comidas e bebidas. No verão, não esqueça de usar protetor solar pois o calor é intenso. Se quiser um áudio tour em português basta baixar um aplicativo no celular e levar o fone de ouvido.

Assistir um espetáculo na Broadway 

Programa certo para as noites em NYC, os espetáculos da Broadway encantam adultos e crianças. E nem é preciso ter fluência no idioma inglês para se divertir e se emocionar com os musicais em cartaz. São clássicos imperdíveis – alguns já produzidos no Brasil – como “O Fantasma da Ópera”, “Chicago” e “Les Miserables”, entre outros. Se estiver viajando com crianças não perca a oportunidade de assistir “O Rei Leão” e “Aladdin” e se encantar com a magia dos contos infantis.

Foto por Istock/ r_drewek

Foto por Istock/ r_drewek

QUAL VIAGEM teve a oportunidade de assistir ao musical da Disney “Aladdin”, em cartaz no New Amsterdam Theatre. Baseado no filme homônimo de 1992 e vencedor do Oscar, estreou em março deste ano. O conto infantil ganhou vida no palco em uma produção maravilhosa, repleta de belos cenários e figurinos, além de muita magia e diversão. Quem não lembra da história de um menino pobre que conta com a ajuda de um gênio de uma lâmpada mágica para conseguir o amor da princesa Jasmine. A apresentação de 2h30 pode ser acompanhada também através de equipamentos de tradução (Audien) para o português, espanhol e japonês.

Quem gosta do Cirque du Soleil não pode perder o espetáculo Paramour, o primeiro da trupe na Broadway. A tocante história de amor é contada por atores profissionais nos papéis principais, músicos tocando ao vivo e, claro, acrobacias surpreendentes. O show faz parte da The Broadway Collection, a coleção dos melhores espetáculos da Broadway.

Um dos maiores sucessos da história teatral está de volta à Broadway: “Cats”. Visto por mais de 73 milhões de pessoas desde sua estreia, teve apresentações em mais de 30 países e foi traduzido para 15 idiomas. Durante 18 anos encantou o público de todas as idades e quebrou o recorde da Broadway com 7.485 apresentações e músicas inesquecíveis, como “Memory”.

Importante comprar os ingressos com antecedência para garantir a reserva dos melhores assentos. Depois é só trocar o voucher pelos ingressos na bilheteria do teatro no dia da apresetação. A lista completa dos espetáculos da Broadway está no site broadwaycollection.com.

Conhecer os museus Metropolitan e Guggenheim 

FOTO: NYC & COMPANY/DIVULGAÇÃO

FOTO: NYC & COMPANY/DIVULGAÇÃO

Se você gosta de visitar museus vai ter que passar muitos dias ou voltar várias vezes a NY. São muitos, bons e atendem a todos os gostos. Os museus em Nova York são icônicos, interessantes e divertidos.

Metropolitan of Art – Comece por esse fantástico museu também conhecido como The Met. Ele é o maior da cidade e guarda um vasto acervo, que inclui desde o Antigo Egito, armaduras e utensílios da Europa medieval, até fotografias e arte contemporânea. Em suas 400 galerias estão as mais de 2 milhões de obras de arte de todas as partes do mundo, abrangendo 5 mil anos de história. Abre de segunda a quinta, e aos domingos, das 9h30 às 17h30; e às sextas e sábados, das 9h30 às 21h.

Guggenheim – Construído em 1959 no Upper East Side é um dos edifícios mais belos do mundo. Seu aspecto futurista serviu de cenário para o filme “MIB – Homens de Preto”. Além da sua coleção permanente, realiza exposições temporárias imperdíveis. Ao invés de andares, uma grande espiral ascendente permite acesso a diferentes salas.

Foto por Istock/ mizoula

Foto por Istock/ mizoula

Caso tenha tempo ou em outras visitas, programe também o MoMA (Museu de Arte Moderna) e o The Met Breuer – Museu de Arte Contemporânea e Moderna que faz parte do Metropolitan, abrigado no antigo prédio do Whitney Museum of American Art, em Upper East Side. Se estiver viajando com crianças não deixe de ir ao Museu Americano de História Natural – onde foi filmado “Uma Noite no Museu”; ao Intrepid Sea, Air and Space, instalado junto a um lendário porta- -aviões – guarda o primeiro ônibus espacial; e ao Madame Tussauds com as figuras de cera de estrelas de Hollywood, líderes políticos e até personagens dos quadrinhos como o Homem-Aranha.

Tirar fotos na Times Square 

Foto por IStock/  oneinchpunch

Foto por IStock/ oneinchpunch

Se em Nova York existisse uma Lei Cidade Limpa como em São Paulo, Time Square (Praça do Tempo) não significaria muita coisa. Seria mais um lugar comum e sem importância como tantos. Porém, muito pelo contrário, a Prefeitura local determina que todos os prédios em seu redor devem colocar outdoors luminosos de neon e led. Como Gilberto Kassab (ex-prefeito da capital paulista e autor da lei) não é e nunca será prefeito de NYC, o local pode ser considerado um verdadeiro ponto de encontro do mundo.

Localizada na junção da Broadway com a 7ª Avenida, entre a ruas 42 Oeste e 47 Oeste – Distrito dos Teatros -, na região central de Manhattan, Times Square é o ponto turístico mais visitado do mundo, com cerca de 40 milhões de pessoas por ano.

Mas ela é famosa não somente pelos grandes painéis de propagandas com imagens com alta resolução. É lá que nova-iorquinos e turistas do mundo inteiro se reúnem para celebrar o Réveillon. Mesmo com as baixas temperaturas, todos aguardam a bola de cristal iluminada no topo de um prédio, descer para sinalizar, à meia-noite, a chegada do ano novo em uma tradição que se repete desde 1908.

Foto por IStock/Songquan Deng

Foto por IStock/Songquan Deng

No dia a dia o lugar é um verdadeiro formigueiro humano, onde todos procuram um melhor ângulo para as fotos e selfies, em uma verdadeira Torre de Babel.

Passear de bicicleta no Central Park 

Lindo no verão e fascinante no inverno. Muda o cenário, mas mantém inabalado o encanto do grande parque localizado no coração de Manhattan, entre a 59th Street e a 110th Street; e da Fifth Avenue à 8th Avenue. Para se ter uma ideia da grandiosidade da área, saiba que ela é maior que o Principado de Mônaco e caberiam no seu interior, aproximadamente, 16 milhões de apartamentos médios.

Construído artificialmente, recebe cerca de 35 milhões de visitantes por ano em busca das muitas atrações e atividades que acontecem por lá. E tem muita coisa para fazer. Prepare-se para caminhar muito ou alugue uma bicicleta. Evite os pedicabs, eles são muito caros. Pedalando por conta própria você vai conhecer lugares como o Wollman Rink, o Boathouse Cafe, o Central Park Mall, a Bethesda Fountain (uma das fontes mais famosas do mundo), o The Great Lawn (o grande gramado) e seus campos de beisebol e basquete; o circuito de 2,4 quilômetros ao redor do lago Jacqueline Kennedy Onassis Reservoir utilizado pelos praticantes de corridas; o Zoológico, que foi usado como cenário do filme “Madagascar”; o Castelo Belvedere, construído no século 19 em cima de uma das rochas não artificiais no parque, a Vista Rock; o Sheep Meadow, um agradável lugar para descansar ao lado do restaurante Tavern on the Green; o Shakespeare Garden, um jardim com plantas e flores mencionadas em obras de Shakespeare; e o Naumburg Bandshell, edifício neo-clássico construído em 1923 (único no parque) e onde são realizados eventos musicais.

Foto por Istock/ Z-lex

Foto por Istock/ Z-lex

Se estiver acompanhado, com pouco tempo ou não estiver a fim de pedalar, a opção é fazer um passeio de carruagem – de uma hora – através dos principais pontos turísticos do Central Park.

No inverno, a partir do final de outubro até o começo de março, duas pistas de patinação no gelo atraem muita gente ao parque: a Wollman Rink, recreativa e para iniciantes; e a Lasker Rink, para patinadores com experiência e para a prática de hóquei.

Fãs de John Lennon não podem deixar de conhecer o Strawberry Fields, um símbolo de paz criado no lugar onde o ex-Beatle gostava de frequentar. Lennon foi assassinado em 1980, em frente ao prédio onde morava, o Dakota Building, em uma rua em frente ao parque (West Side, entre a 71st Street e a 74th Street).

Comer no Chelsea Market 

O charmoso Chelsea Market é uma excelente opção para uma refeição agradável, principalmente no seu roteiro pela cidade estiver uma visita ao High Line, o parque suspenso construído em uma antiga via férrea que fica logo ao lado. Bastante diversificado, ocupa dois quarteirões no bairro Chelsea e funciona no edifício restaurado da antiga fábrica das bolachas Oreo, a Nabisco (National Biscuit Company). São cerca de 40 opções de lugares nessa super praça de alimentação. Há desde um simples café até locais mais sofisticados, além de um mercado de peixes com possibilidade de saborear sashimis no balcão.

Funciona de segunda à sábado, das 7h às 22h; e domingo, das 8h às 21h.

Fazer uma prece no Memorial 11 de Setembro 

Foto por IStock/ cla78

Foto por IStock/ cla78

Não deixe Nova York sem conhecer o monumento no Marco Zero, que foi construído para homenagear as vítimas dos ataques ao World Trade Center (WTC) em 2001. Apesar de muito bonito o lugar tem um clima pesado. Impossível não ficar angustiado ao ver fotos e pertences das cerca de 3 mil pessoas que perderam suas vidas. Os nomes de todas elas estão gravados em bronze nas duas piscinas negras construídas no local exato onde ficavam as duas torres gêmeas. À noite, o sentimento de tristeza é ainda maior. Essa área localizada no Financial District (Lower Manhattan) é aberta ao público. Para entrar no museu paga-se US$ 24 e o horário de funcionamento é das 7h30 às 21h diariamente (grátis às terças-feiras, das 17h às 20h).

Após os atentados de 11 de setembro, o bairro tem experimentado um renascimento incrível com novos hotéis, lojas fantásticas e restaurantes de chefs premiados. Entre as novidades estão o luxuoso hotel Four Seasons New York Downtown e o complexo comercial Westfield World Trade Center.

Curtir Jazz em Manhattan 

Nova York é mundialmente conhecida por ter os mais famosos artistas e grupos musicais se apresentando por lá. Diversos locais e bares reúnem talentos de todas as idades e gêneros musicais. Para quem curte o Jazz é um programa imperdível nas noites da Big Apple.

Blue Note Jazz Club – O icônico bar em Greenwich Village é reconhecido internacionalmente por sua longa história como referência em preservação e inovação do Jazz.

Silvana – Um badalado café e bar do Harlem, é um tesouro escondido na cena musical de NYC.

Cleopatra’s Needle – Ponto de encontro para os apaixonados por Jazz no Upper West Side. Recebe semanalmente apresentações de música ao vivo.

Foto por istock/ mizoula

Foto por istock/ mizoula

The Cutting Room – Um dos locais mais prestigiados na cidade, conta com apresentações de ícones de Rock, além de cantores e compositores promissores.

Gin Fizz Harlem – Uma reminiscência dos antigos bares da década de 1930 e 1940, homenageando os primeiros dias de Jazz no Harlem. Música ao vivo às quartas e sábados.

Hammerstein Ballroom – Localizado no Manhattan Center, em Midtown, já recebeu algumas das maiores estrelas do mundo da música.

Joe’s Pub – No mundialmente famoso Public Theater conta com extensa programação de música ao vivo todas as noites.

 Merkin Concert Hall – No Upper West Side, detém estreias mundiais de compositores contemporâneos, além de concertos de alguns dos artistas clássicos mais aclamados da atualidade.

Metropolitan Room – O cabaré e clube de Jazz, apresenta uma acústica top de linha e apresentações ao vivo todas as noites.

Smalls Jazz Club – O lendário bar apresenta talentos emergentes e grupos como The Ari Hoenig Trio e The Ken Fowser Quintet.

Como chegar

Nova York é servida por três aeroportos de grande porte: John F. Kennedy International Airport (JFK) e LaGuardia Airport, no Queens; e Newark Liberty International Airport, em New Jersey. As empresas aéreas Latam, American Airlines, Delta e United realizam voos diretos a partir de São Paulo. Há, também, outras opções com escalas ou conexões oferecidas pelas aéreas Copa Airlines – conexão na Cidade do Panamá; Avianca – escala em Bogotá (Colômbia); e Aeroméxico – via Cidade do México.

Onde ficar

Seja em viagens de lazer ou de negócios, os visitantes encontram uma grande variedade de novas opções de acomodação. Todas as principais redes internacionais estão representadas. Novos hotéis surgem por todas as partes da cidade, que já registra o maior desenvolvimento hoteleiro do mundo com 107 mil quartos. Somente este ano, foram inaugurados o Renaissance New York Midtown Hotel, The William Vale, InterContinental New York Barclay, The Beekman, Four Seasons New York Downtown, Whitby Hotel e 1 Hotel Brooklyn Bridge.

Compras

NYC dispõe de múltiplas opções de compras. Mas há novidades como o Fulton Center, que oferece uma grande variedade de produtos artesanais; o World Financial Center, que reúne marcas de luxo contemporâneos; e o complexo comercial Westfield World Trade Center, recém-inaugurado com uma centena de lojas. Para gastar pouco e encontrar verdadeiros tesouros nada melhor que os mercados de pulgas Smorgasburg e Fort Greene, no Brooklyn, e o Hell’s Kitchen Flea, em Manhattan.

Onde comer

Nova York reúne chefs de renome mundial, novos conceitos em gastronomia e alguns dos melhores restaurantes do mundo. Escolher o lugar para almoçar e jantar depende apenas do gosto e do quanto pretende gastar. Algumas das novidades estão em Lower Manhattan, no World Financial Center. Em um mercado de inspiração francesa, no Le District, estão o Hudson Eats, que serve pratos populares, incluindo churrasco; o Eataly Mercado Italiano NYC Downtown; o Pier 1 Harbor House, em Battery Park; e o premiado CUT Steakhouse by Wolfgang Puck. Se quiser um lugar tradicionalíssimo vá ao Rainbow Room, no topo do Rockefeller Center. Abre para brunch e jantar e oferece música ao vivo. É bom fazer reserva com antecedência.

Texto por: Roberto Maia

Foto destaque por Istock/ MIHAI ANDRITOIU

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