Elites moraram nesta região de São Paulo durante muitos anos.
A cidade de São Paulo, também chamada de Terra da Garoa, é um local repleto de curiosidades que encantam tanto seus moradores quanto os turistas.
Inclusive, o Centro da cidade não é um único bairro. Na verdade, a região engloba Bela Vista, Cambuci, Liberdade, Sé, Santa Cecília, Bom Retiro, Consolação e República.
Você, talvez, ouça falar mais do Centro histórico de São Paulo, que é composto pelos bairros Sé e República, e muitos de seus edifícios contam um pouco da história da cidade. Agora, veja algumas curiosidades sobre a zona central da capital paulista:
1. Centro histórico foi fundado pelos jesuítas
O Centro histórico de São Paulo é mais antigo do que você imagina. Ele é chamado assim porque a cidade foi fundada nesta região, em 1554, pelos jesuítas.
Essa parte da cidade ainda consegue contar muito de sua história por meio de seus prédios, que trazem características de sua fundação.
Um dos mais famosos é o Pátio do Colégio, em que foi feita a primeira construção, ainda na época do Brasil colonial.
Foi no século XX, que o Centro histórico chegou ao auge social e econômico. Após essa data, passou a ser esquecido, já que quem vivia na região se mudou para outras partes da cidade. A partir daí, surgiam os primeiros sinais de degradação.
2. Principal distrito financeiro
Até a década de 70, a zona central paulista foi considerada um dos principais distritos financeiros. Era ali que tudo funcionava e a cidade ganhava vida. Indústrias e grandes empresas optaram por se instalar no Centro da cidade e acabaram valorizando a região.
Após os anos 70, com o desenvolvimento de outras regiões de São Paulo, muitas empresas começaram a migrar suas sedes e o Centro deixou de ser o principal distrito financeiro. Essa mudança no polo financeiro contribuiu para o desgaste e o abandono da região do Centro histórico paulista.
Apesar disso, ainda hoje, a Avenida Paulista e a Avenida Berrini são tidas como centros financeiros. Além disso, a Avenida Brigadeiro Faria Lima também assumiu este posto.
3. Processo de revitalização na década de 90
Na década de 90, com menos indústrias na zona central e o interesse em tornar a região mais atraente, inclusive, para os turistas, foi iniciado um processo de revitalização.
A partir dele, surgiram ou foram revitalizados alguns centros culturais bastante conhecidos e, hoje, referências — como a Pinacoteca de São Paulo, a Estação da Luz, o Teatro Municipal de São Paulo e o Mercado Municipal.
Desde 2004, outro projeto de revitalização da zona central da cidade está funcionando. Trata-se do Projeto Nova Luz, que tem como principal objetivo revitalizar a região que é conhecida como “Cracolândia”.
4. Elite vivia na região
No passado, quem ocupava a região central de São Paulo eram as elites paulistanas. Até porque eram, muitas vezes, donas das empresas que estavam localizadas ali. A partir da década de 70, com o crescimento da cidade e o surgimento de outros bairros mais interessantes, essas elites começaram a deixar a região.
Esse afastamento das elites também contribuiu para que a região fosse esquecida e experimentasse a degradação. Tanto que foi observada uma taxa demográfica negativa na zona central por um longo.
A mudança aconteceu após os anos 2000, quando a cidade passou a se preocupar em revitalizar o Centro de São Paulo. Ainda assim, de acordo com o último censo, realizado no ano de 2010, o Centro ainda é a região menos populosa da capital paulista.
Você já conhecia essas curiosidades sobre a formação da zona central de São Paulo? A região, com certeza, já foi importante para as elites, mas, hoje, chama a atenção por todo o processo de revitalização que vem vivenciando.
Foto destaque por IStock/ Martinelli73